Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Cleto Júnior Pinto de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-24092021-181250/
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Resumo: |
A filantropia evangélica tem sido comumente vista ou como instrumento para conversão de pessoas às igrejas que a empreendem, ou como instrumento de defesa e positivação da imagem de denominações envolvidas em controvérsias públicas. Porém, parte expressiva da filantropia evangélica envolve a ação de grupos e organizações compostas por segmentos do protestantismo histórico, que dispõem de uma imagem social, quando não positiva, ao menos não controversa. A pesquisa analisa o modo como tais grupos se engajam em atividades de enfrentamento dos efeitos da pobreza, com destaque para o modo como elaboram sua inserção nesse espaço de atuação cívica. A investigação observou o trabalho de indagação desses grupos em contextos de sociabilidade (encontros, reuniões e seminários) promovidos pela Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) e pelo Centro de Assistência e Desenvolvimento Integral (CADI). Nessas situações, os atores expõem, produzem e discutem coletivamente diferentes esquemas de ação para sua inserção filantrópica em nome de sua confissão. Adicionalmente, a pesquisa coletou dados das organizações na internet, depoimentos de seus membros a meios de comunicação e realizou entrevistas. Parte-se da hipótese de que, na intersecção entre os fenômenos da expansão evangélica, nos anos 80 e 90, e das mudanças nos modos de regulação estatal das organizações da sociedade civil nos governos democráticos, incorporando-as às tarefas de enfrentamento dos efeitos da pobreza, emergiu uma arena pública no interior da qual diferentes grupos evangélicos passaram a atuar, seja por meio de ações sociais tópicas, seja em prol da implementação de direitos sociais. Essa arena abriu espaço para a penetração desses segmentos na experiência pública de enfrentamento da pobreza, para o aumento de sua influência social e para o aprofundamento de sua relação com o Estado. Nessa experiência, transformaram suas igrejas em entidades filantrópicas, criaram organizações e redes paraeclesiais e incrementaram o aprendizado da linguagem cívica de suas agências missionárias. |