Representações sociais do divórcio: um estudo entre evangélicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, José Carlos Fagundes da lattes
Orientador(a): Naiff, Denis Giovani Monteiro
Banca de defesa: Naiff, Denis Giovani Monteiro, Wolter, Rafael Moura Coelho Pecly, Gomes, Antonio Marcos Tosoli
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14403
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo identificar as representações sociais que os evangélicos têm sobre o divórcio. O casamento tradicional ainda permanece muito valorizado, e um expressivo número de casais optam por formalizar suas uniões no civil e no religioso. Estas uniões nascem investidas de expectativas de felicidade e desejo de que dure por muito tempo. Porém, quando a crise se instaura, a opção pela separação coloca um ponto final neste projeto de vida à dois. O divórcio tem sido uma prática cada vez mais comum e aceita, inclusive no meio religioso. Na coleta de dados da pesquisa foi utilizado um questionário composto de uma questão de evocação livre para a palavra indutora ‘divórcio’, perguntas abertas sobre o significado do divórcio e os motivos pelos quais um casal se divorcia ou não, escalas de auto avaliação para medir o grau de concordância e de influência dos ensinos religiosos sobre os sujeitos, além dos dados pessoais. Participaram da pesquisa 220 sujeitos, da região metropolitana do Rio de Janeiro, de ambos os sexos, com idades entre 18 e 71 anos, membros de diferentes denominações evangélicas. A Teoria das Representações Sociais foi adotada como referencial teórico para identificar os conceitos e valores compartilhados por este grupo social. Segundo esta teoria, as representações contribuem para o posicionamento do grupo em relação a um determinado tema. As igrejas evangélicas tentam preservar a tradição reformista de pautar sua fé e conduta exclusivamente pela Bíblia; por outro lado, têm sofrido a influência do pós-modernismo, caracterizado pelo fim dos valores absolutos e uma maior fluidez nos relacionamentos. Os dados coletados foram analisados através da análise de conteúdo para as perguntas abertas e da utilização do software Evoc para análise das evocações. Os resultados revelaram que o divórcio é representado negativamente pelos evangélicos, à luz de suas interpretações religiosas e de um sentido subjetivo de sofrimento. Uma análise comparativa apontou que os grupos masculino, feminino, solteiros e casados compartilham dos elementos “brigas”, “separação” e “tristeza” em seu provável núcleo central. Na periferia, encontram-se diversas representações relacionadas às interpretações religiosas e às atitudes negativas entre os parceiros. Tendo estas representações como base, pode-se dizer grande parte dos evangélicos é, em tese, contrária ao divórcio. Porém, mesmo carregado de um forte sentido negativo, o número de divórcio está crescendo entre os evangélicos, indicando que estas representações estão se transformando lentamente.