Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Assunção Junior, José Narciso Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23139/tde-19022015-114144/
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Resumo: |
O câncer de boca é atualmente um grave problema de saúde mundial. A incidência varia amplamente todo o mundo. Vários fatores de risco têm sido associados com cânceres da cavidade oral, tais como o fumo, consumo de bebidas alcoólicas, pobre saúde bucal e infecção pelo papiloma vírus humano. O mecanismo pelo qual bebidas alcoólicas provocam câncer oral é desconhecido, mas provavelmente envolve exposição tópica. Diferentes estudos têm sido conduzidos por muitos anos, a fim de esclarecer a possível relação entre o uso crônico de enxaguatórios bucais com álcool e câncer oral. O objetivo desse estudo foi avaliar o uso de enxaguatórios bucais em pacientes com câncer de boca e orofaringe. Foram entrevistados 53 pacientes por meio de um questionário específico de dois centros de referência para o diagnóstico e tratamento do câncer. O grupo caso foi constituído por 33 pacientes, com diagnóstico final de carcinoma epidermóide de boca e orofaringe com sítios nas seguintes localizações anatômicas: face interna dos lábios, língua, gengiva, assoalho da boca, palato e úvula, mucosa oral, vestíbulo da boca, área retromolar, outras partes e partes não especificadas da boca, amígdala e orofaringe. O grupo controle foi constituído por 20 pacientes atendidos em outros ambulatórios dos mesmos hospitais e serviços não ligados a oncologia. Os resultados obtidos mostraram que 42,4% dos pacientes do grupo caso eram portadores de lesão na língua e 16 casos (30,3%) estavam classificados como Estádio clínico IV. O uso de prótese não mostrou associação com relação aos grupos (p>0,05). No grupo caso, 81,8% não fazem uso de fio dental e com diferença estatisticamente significativa ao grupo controle (p=0,036). Quanto à escovação dentaria, notamos comportamento contrário onde os casos escovam mais vezes no dia do que o controles. Com relação ao enxaguante bucal, o grupo controle fazia menos uso de enxaguatórios quando comparado ao grupo caso que utilizava mais vezes ao dia (p=0,028). Os pacientes do grupo caso fumavam mais que os do grupo controle, sendo tal diferença significativa (p=0,004), quando se quantificou o consumo de tabaco em maços/ano (quantidade de maços de cigarro e equivalente em outros tipos de cigarro consumidos diariamente por 1 ano) tal diferença também se mostrou maior no grupo caso (p=0,044). O mesmo comportamento foi observado no consumo de etanol (consumo em mililitros por dia durante o ano) (p=0,031). Concluímos com este estudo que, mesmo com uma pequena casuística, através de uma analise estratificada, o uso de enxaguatório foi quatro vezes maior em etilistas, porém não se observou aumento do risco em tabagistas, abstêmios alcoólicos e não tabagistas. |