Serviços hidrológicos em região de transição Cerrado-Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lopes, Bruna Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/91/91131/tde-07062024-095045/
Resumo: No mundo todo, o aumento da cobertura de vegetação nativa é impulsionado pelas metas de restauração de ecossistemas promovidos pela ONU. Só no Brasil, a meta é restaurar e promover a recuperação natural de 12 milhões de hectares de florestas até 2030. A biomassa e estrutura florestal, porém, são recuperadas de maneira mais rápida que as funções do ecossistema, sendo assim, medem-se o sucesso desses projetos através do carbono sequestrado ou mesmo da biodiversidade estabelecida. Apesar de importantes, pouco se fala sobre a recuperação das funções hidrológicas na restauração e a provisão de serviços hídricos, como, por exemplo, água em quantidade para suprir as demandas locais. Por este motivo, o objetivo principal deste estudo foi analisar os serviços hidrológicos relacionados a provisão e regulação de água e a proteção do solo, em florestas restauradas ao longo de um gradiente topográfico. Para tal, foram demilitadas três parcelas experimentais na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga (EECFI), sendo duas parcelas numa floresta secundária de 46 anos que foi regenerada naturalmente, em duas diferentes posições topográficas (46W e 46D), e uma terceira parcela numa floresta de 14 anos de idade, onde foi implementada uma restauração com plantio de mudas (14A). Em cada uma das parcelas foi avaliada a estrutura e composição florestal e uma estação meteorológica automática registrou dados como umidade relativa do ar, temperatura média e radiação fotossinteticamente ativa. Os processos hidrológicos, por sua vez, foram medidos ou calculados quinzenalmente por um período de um ano, são eles a transpiração, interceptação pelo dossel, evapotranspiração e o excedente hídrico. Os resultados demonstraram que as diferenças dos serviçoes hidrológicos entre as parcelas do estudo se dão principalmente pelas diferenças na estrutura florestal. Indicadores de estrutura mais baixos resultam em menor evapotranspiração e maior excedente hídrico, que por consequência, indica maior serviço de provisão de água. Já a estrutura do dossel florestal mais desenvolvida, influencia a interceptação pelo dossel, que por sua vez indica maior serviço de proteção do solo. O serviço de regulação hídrica não foi muito diferente entre as florestas e posição no relevo, indicando que o solo e sazonalidade climática da região, podem influenciar mais os resultados do que as diferenças na estrutura e composição da vegetação.