Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Peña Sierra, Diana Yulieth |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-12112021-142744/
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Resumo: |
Por muitos anos, a dinâmica entre a floresta e a água vem sendo estudada, devido ao papel fundamental atribuído a esta cobertura em relação à sua capacidade de regulação hídrica. No entanto, o consumo de água da floresta durante seu desenvolvimento, pode levar a uma diminuição deste recurso, estabelecendo então um tradeoff entre a disponibilidade e regulação da água. Diante da deterioração das áreas florestais no mundo, tem se gerado um movimento global de restauração florestal, visando recuperar as funções da floresta e garantir a prestação de serviços ecossistêmicos essenciais para o bem-estar do ser humano. pesar da execução de diversos projetos de restauração, pouco se sabe sobre o efeito hidrológico durante seu desenvolvimento. Diante desse contexto, o objetivo geral do presente estudo foi avaliar o efeito do desenvolvimento da restauração florestal no regime hídrico de uma microbacia, a fim de entender a dinâmica do trade-off entre disponibilidade e regulação hídrica. Para tal, utilizando-se de uma área experimental com informações do meio físico e de monitoramento hidrológico e meteorológico, foi calibrado e validado um modelo hidrológico distribuído de base física, por meio do qual foi possível simular cenários em diferentes idades da restauração florestal. A parametrização do modelo foi feita com base nas características de uma microbacia experimental de 0,72 km2 em processo de restauração florestal, localizada no estado de São Paulo Brasil. Depois de calibrado e validado o modelo hidrológico (R2 de 0,67 e 0,87 respectivamente) foram definidos os cenários de desenvolvimento da floresta, considerando restaurações com 5, 15, e 30 anos de idade. Esses cenários foram estabelecidos alterando parâmetros físico-hídricos considerados como critérios de decisão e que representam as variações estruturais da floresta restaurada. Adicionalmente, cenários de possíveis trajetórias de desenvolvimento de restauração foram simulados sob premissas de intensidade de uso na área ou manejo florestal. A análise dos cenários simulados foi realizada em função dos serviços hidrológicos de disponibilidade e regulação hídrica, com base em indicadores hidrológicos de vazão máxima (Q5), vazão mínima (Q95), vazão média (Q50), deflúvio anual, índice Flashiness (IF)e índice de fluxo base (BFI). As hipóteses testadas foram que o desenvolvimento em idade da restauração florestal diminuiria a disponibilidade de água na microbacia enquanto haveria um aumento na capacidade de regulação de água, permitindo definir a idade em que ocorre o tradeoff entre os dois serviços. Os resultados mostraram efetivamente uma tendência de diminuição do deflúvio anual e vazão mínima com o desenvolvimento da floresta, representando uma afetação na disponibilidade hídrica da microbacia, com o aumento da idade da floresta. Também foi observada a melhora na regulação dos fluxos da microbacia refletido na redução dos picos de vazão e na ocorrência de eventos. Porém, 30 anos não foi tempo suficiente para que a restauração voltasse ao consumo inicial de água, portanto, não foi possível definir a idade em que ocorre o tradeoff entre disponibilidade hídrica e regulação. Observou-se também que opções de manejo florestal podem ser uma alternativa potencial na redução do consumo hídrico da floresta restaurada sem comprometer sua capacidade em regular as vazões na microbacia. |