Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Ziliotto, Denise Macedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11072018-123529/
|
Resumo: |
A psicologia do trabalho vivencia impasses relacionados ao seu próprio objeto e à compreensão das transformações no mundo contemporâneo. Desde o final do século XIX, o trabalho passou a ser dimensionado pela sua institucionalização na forma do emprego, constituindo-se numa referência importante numa sociedade que se industrializava muito rapidamente. Contudo, a sustentação desse referente social tem impactos na subjetividade e sofre modificações a partir da sociedade de consumo, na qual as trocas sociais são marcadas pela mediação e usufruto de bens e serviços, lógica à que o trabalho também adere. Teorizamos que a Psicologia do Trabalho, em sua análise acerca da organização do trabalho e do sofrimento psíquico, necessita incluir a dimensão do consumo em sua reflexão, tendo em vista sua presença incontestável no trabalhar hoje. Para provar essa proposição, apresentamos formulações oriundas das teorias da sociedade de consumo que explicitam as mudanças ocorridas nas relações entre os sujeitos e a sua condição de vida, a partir das modalidades de enfrentamento das vicissitudes da existência, levando em conta as contingências históricas da sociedade industrial. O norteador teórico desta análise é a Psicanálise, especialmente as contribuições de Freud e Lacan, em que as formulações de mal-estar e de discurso são balizadoras. A construção desta proposição busca no texto A Caverna, de José Saramago, o registro literário que metaforiza as questões nodais darelação entre trabalho e consumo, o que possibilita um diálogo profícuo entre um discurso que pode ser tomado como social e a formulação teórica proposta. Na consecução desse percurso, indicamos os desdobramentos que vislumbramos no mundo do trabalho a partir da implicação entre o trabalho e a sociedade de consumo |