Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pinheiro, Renata da Conceição da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-01102021-222522/
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Resumo: |
O abuso sexual infantil é definido pela Organização Mundial de Saúde como todo envolvimento de uma criança em uma atividade sexual que ela não compreende totalmente, é incapaz de dar consentimento informado ou para a qual não está preparada em termos de desenvolvimento. Este cenário se relaciona diretamente à desigualdade de gênero, que fica evidente no número três vezes maior de meninas abusadas em comparação ao de meninos e no número predominante de abusadores homens em comparação ao de mulheres. No entanto, ainda se discute pouco acerca do seu impacto em outros comportamentos de pais e responsáveis, familiares, redes de apoio, profissionais, dentre outros, frente à ocorrência do abuso. Este estudo buscou analisar a produção científica sobre abuso sexual infantil a partir de uma perspectiva de gênero, visando identificar respostas da comunidade frente ao abuso sexual infantil que são afetadas por vieses de gêneros. Para isto, foram buscados os termos da pesquisa \"abuso sexual infantil\" AND \"gênero\" e \"child sexual abuse\" AND \"gender\", especificados como palavras-chave na seção de pesquisa avançada da base de dados Sage Journals Online. Os critérios de amostragem foram definidos como artigos científicos com ano de publicação entre 2016 e 2020. Ao total, seis artigos foram selecionados e contribuíram para a formação de sete categorias de respostas: desacreditar a vítima do sexo feminino, habituar-se ao abuso perpetrado por homens a vítimas do sexo feminino, culpabilizar vítimas do sexo feminino, culpabilizar mães e cuidadoras do sexo feminino não perpetradoras, estigmatizar vítimas do sexo feminino, estigmatizar vítimas do sexo masculino e minimizar ou negar o abuso perpetrado por mulheres. Também foram discutidas três categorias de relações implícitas a essas respostas: as que relacionam homens como equivalente a sexo/mulher em oposição a sexo, homem equivalente a poder/mulher equivalente a propriedade e mulher equivalente a cuidado/homem em oposição a cuidado. Este estudo avança em ser uma articulação entre três grandes áreas do conhecimento, gênero, abuso sexual infantil e análise do comportamento, contribuindo ao corpo de estudos da área e fornecendo suporte para pesquisas futuras |