Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Franco, Renata Lagrotta |
Orientador(a): |
Wechsler, Solange Muglia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16514
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Resumo: |
O abuso sexual de crianças e adolescentes é considerado pela Organização Mundial da Saúde como um problema mundial (World Health Organization [WHO], 2016) e de grandes proporções. A cada ano, 200 milhões de crianças são abusadas sexualmente (WHO, 2017). As políticas públicas de enfrentamento adotadas no Brasil, em quase sua totalidade, têm foco na proteção da vítima. Raras são as iniciativas de prevenção e tratamento direcionadas ao abusador, de modo a evitar abusos ou impedir que se repitam. A presente pesquisa teve por objetivo analisar as características criminais e sociodemográficas do abusador sexual de menores de 14 anos e os fatores relacionados à repetição de abusos. A amostra foi compreendida por 333 adultos, de ambos os sexos, condenados definitivamente por crimes de abuso sexual contra vítimas de até 14 anos, em ações penais que tramitaram de 1997 a 2020 junto aos Tribunais de Justiça do Estado de São Paulo e do Rio Grande do Sul, bem como pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Todos os dados analisados nesta pesquisa foram extraídos de decisões judiciais, de acesso público, disponíveis nos sites dos respectivos Tribunais. Foram colhidos dados relativos ao abusador, à vítima e à relação abusador-vítima e divididos em três grupos, conforme o tipo de abuso cometido: físico (n = 115), on-line (n = 111) e dual (físico e on-line; n = 107). As diferenças entre os três grupos foram submetidas à análise de regressão. Também idade e sexo da vítima, contexto familiar e histórico criminal do abusador foram submetidos à análise de regressão, a fim de identificar se são variáveis associadas significativamente à repetição de abusos pelo mesmo abusador. Os resultados ofereceram informações sobre as características criminais e sociodemográficas do abusador, apresentando as diferenças significativas encontradas entre os grupos. Ainda, os resultados apontaram que características da vítima (sexo e idade), do abusador (histórico criminal) e da relação vítima-abusador (contexto intrafamiliar e extrafamiliar) podem indicar fatores relacionados à repetição de abusos. |