Correlação entre polimorfismos genéticos relacionados á  hereditariedade, fatores hormonais e o câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Viana, Nayára Izabel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-16022018-090639/
Resumo: INTRODUÇÃO: O Câncer de Próstata (CaP) é a sexta neoplasia mais comum no mundo correspondendo a aproximadamente 10% do total de cânceres. No Brasil, o CaP é a neoplasia maligna não cutânea mais comum entre os homens. A hereditariedade é um dos principais fatores de risco do CaP, que se caracteriza pela herança de mutações em genes de susceptibilidade de alta penetrância que quando transmitidos aos descendentes aumentam o risco de desenvolvimento de tumores. Os andrógenos e estrógenos influenciam o desenvolvimento, maturação e manutenção da próstata, afetando a proliferação e a diferenciação. Isso tem despertado grande interesse no papel desses hormônios esteroides no desenvolvimento e manutenção tanto da próstata normal quanto maligna. Os Polimorfismos de Nucleotídeo Único (SNPs) são variantes de risco genéticos associados com uma série de doenças, incluindo o câncer. Considerando que a história familiar e que os componentes hormonais constituem fatores de risco para o desenvolvimento do CaP, acredita-se que a identificação de polimorfismos envolvidos nesses processos possa ter um papel relevante para auxiliar no desenvolvimento de ferramentas alternativas para a detecção precoce e para a definição do prognóstico desta neoplasia. OBJETIVOS: Analisar polimorfismos (SNPs) relacionados com histórico familiar e com fatores hormonais em amostras de sangue de pacientes com CaP e em homens saudáveis. Além disso, correlacionar os resultados da genotipagem com parâmetros clínico-patológicos. MÉTODOS: O estudo foi composto por 185 pacientes diagnosticados com CaP, sendo 97 casos esporádicos e 72 com histórico familiar (dois parentes de primeiro grau). O grupo controle foi composto por 70 amostras de sangue de indivíduos saudáveis, que comprovadamente não possuíam CaP e fazem acompanhamento com intuito preventivo. Foram selecionados 13 polimorfismos para análise: rs10486567, rs10993994, rs9364554, rs5945572, rs2735839, rs4430796, rs7501939, rs138213197, rs1271572, rs2987983, rs8072254, rs4919743 e rs3808330. A genotipagem foi realizada através da técnica de PCR em tempo real (qPCR) e correlacionada com o histórico familiar de CaP, PSA pré-operatório, graduação histológica de Gleason e estadiamento patológico. RESULTADOS: Analisamos a frequência dos polimorfismos selecionados e encontramos as seguintes correlações em nossos casos: os SNPs rs10486567 e rs9364554 aumentam a chance de desenvolvimento do CaP enquanto que o SNP rs8072254 diminui o risco. Com relação à hereditariedade, o SNP rs1271571 apresentou associação com o CaP esporádico. Na comparação com os fatores prognósticos encontramos que o SNP rs3808330 foi mais frequente em indivíduos que possuíam PSA < 10; o SNP rs7501939 foi mais frequente em indivíduos com menor escore de Gleason e ausência de recidiva e o SNP rs5945572 foi mais frequente em indivíduos com menor escore de Gleason na peça. CONCLUSÕES: De uma forma geral encontramos polimorfismos que parecem ter um papel relevante no desenvolvimento do CaP, na transmissão familiar e a fatores prognósticos. Estes importantes polimorfismos, ainda não haviam sido estudados na população brasileira e nosso trabalho identificou correlações ainda não demonstradas na literatura