Ecologia de populações de espécies de Amaranthus L., que ocorrem no Estado de São Paulo, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1985
Autor(a) principal: Vargas, Maria de Fátima Pollastrini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220208-053353/
Resumo: Este trabalho discute aspectos da ecologia de populações de espécies de Amaranthus, encontradas no Estado de São Paulo, Brasil. Para tanto, são analisadas características do ciclo vital, fracionamento de energia em atividades vegetativas e reprodutivas e aspectos da competição intra e interespecífica das espécies A. deflexus e A. hybridus, participantes da mesma estrutura populacional em condições naturais. Através de ensaio em vasos, determinaram-se as taxas de crescimento, duração do ciclo vital, época de florescimento e modelo de alocação de recursos para ramos + folhas, inflorescência + sementes e raízes das espécies A. hybridus, A. retroflexus, A. spinosus e A. viridis. Para caracterizar a competição intraespecífica de A. hybridus e A. deflexus, foi feito ensaio de densidade em vasos, utilizando-se parâmetros como taxa de sobrevivência e alocação de recursos. No estudo da competição interespecífica, foi feito ensaio por substituição em vasos, de acordo com modelo proposto por de Wit (1960). Os resultados obtidos indicaram semelhanças entre as espécies A. hybridus e A. retroflexus na duração do ciclo vital e época de florescimento, enquanto A. spinosus caracterizou-se como a espécie mais tardia e A. viridis como a espécie mais precoce. Valores de esforço reprodutivo foram elevados para A. hybridus, A. retroflexus e A. viridis, enquanto A. spinosus apresentou valores comparativamente baixos. Em A. deflexus o aumento da competição intraespecífica implica num aumento dos recursos sendo alocados para atividades reprodutivas, enquanto o A. hybridus, nas mesmas condições, aloca mais recursos para atividades vegetativas. A severidade do "self-thinning" intraespecífico é mais intensa para o A. hybridus do que para o A. deflexus. A análise dos dados da competição interespecífica mostrou que as duas espécies demandam diferentes recursos limitantes do ambiente para sua sobrevivência, sendo que o A. hybridus apresenta crescimento tipicamente vertical, conseguindo uma maior captura da energia solar e o A. deflexus, um crescimento do tipo radial, próximo ao solo e sendo sombreado pelas plantas de A. hybridus. A severidade do "self-thinning" interespecífico foi maior para o A. deflexus que para o A. hybridus.