Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Costa, Juliana Di Grazia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-06102023-130546/
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Resumo: |
A presente dissertação investiga movimentações de pesquisa em Arte, com o objetivo de revelar campos sensíveis do olhar de um escritor (William J. O\'Neill Daunt) por entre a linguagem de seu diário manuscrito (Daunt\'s Journal). Para tanto, a pesquisa apoia-se em conceitos fenomenológicos que regem a estética de Maurice Merleau- Ponty, bem como em chaves teóricas acerca da filosofia da imagem que regem as reflexões de Georges Didi-Huberman. A pesquisa apresenta-se por uma introdução e segue com os seguintes capítulos: no capítulo 1, criamos um panorama contextual, costurado com as próprias palavras do autor de modo a situar o objeto. No capítulo 2, expomos a base teórica e metodológica que alicerçam nossas reflexões e as movimentações práticas. No capítulo 3, aplicamos as ideias artístico-reflexivas de modo a perseguir resolver o problema da pesquisa. Finalizamos com algum aspecto conclusivo acerca da investigação. O resultado aponta para a inclusão do corpo do pesquisador no composto da pesquisa. O pesquisador da arte, ao investir seu corpo fisiológico e perceptivo, gera movimento artístico em torno da obra estudada (literatura, artes visuais, plásticas etc.). Essa abordagem (chamamos de rasgadura) seria feita por um pesquisador em ação criativa ante o objeto e as reflexões teóricas. Importante ressaltar que as movimentações do pesquisador-artista não têm como objetivo final a apresentação de uma obra de arte2. O que estamos sugerindo é refletirmos sobre uma metodologia de pesquisa em arte que se faz na aplicação de exercícios que acionam campos sensíveis do pesquisador em torno dos conceitos. O objetivo seria ampliar as apreensões e desvelar novas camadas de conhecimento. Ou seja, a rasgadura proposta não tem como função criar visualidades artísticas sobre as reflexões, não há um produto arte para finalizar o percurso da pesquisa. Os exercícios das movimentações criadoras do pesquisador-artista, abririam a possibilidade da aparição de campos outrora invisíveis ao pesquisador da arte tradicional. Concluímos que os exercícios sugeridos entrelaçam o campo sensível do pesquisador ao campo teórico através do corpo reflexivo do pesquisador ao corpo aberto e relacional do objeto pesquisado. Por fim, percebemos ocorrer, na abordagem rasgada desse pesquisador-artista, uma aproximação com a metodologia empregada por mim dentro do departamento de direção de arte, para realizar a produção dos moveis e objetos e a criação da ambientação dos cenários em projetos de filmes de ficção. Uma vez que o processo artístico/criativo dessa atuação é acarpetado de movimento pendular dialético-criador e dialético-reflexivo, que alinha olhares e promove a ambientação do espaço cênico. |