Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Csizmar, Viviane Nunes Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-25072024-114433/
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Resumo: |
Introdução: Em 2020, o Brasil foi marcado pelo início da pandemia de COVID-19. Essa doença nova, causada pelo vírus SARS-CoV-2, já assolava outros países mundialmente, desafiando a sobrevivência dos seres humanos. Sua magnitude foi expressa pela elevada letalidade e formas graves da doença, bem como por sua rápida disseminação. Como resposta, as entidades governamentais tiveram que ampliar o número de leitos hospitalares de terapia intensiva e de enfermaria, além de implementar uma série de medidas preventivas na intenção de conter a propagação do vírus. Nesse contexto, o objetivo principal desta monografia é estimar a magnitude da adesão às medidas de prevenção da COVID-19, e o impacto socioeconômico da pandemia de COVID-19 na cidade de Ribeirão Preto, SP. Bem como descrever os sintomas persistentes em pessoas sobreviventes da COVID-19. Método: A tese foi construída a partir do inquérito domiciliar epidemiológico realizado no município de Ribeirão Preto, SP, em junho de 2020 e do estudo prospectivo de coorte (RECOVIDA) realizado com os pacientes atendidos no ambulatório COVID-19 do Hospital Universitário da mesma cidade. Ambos foram previamente aprovados pelo comitê de ética e pesquisa. No primeiro estudo, foi avaliado os fatores sociodemográficos relacionados à condição socioeconômica e o cenário de adesão às medidas preventivas da COVID-19 no início da pandemia de COVID-19. No segundo estudo, foi feita uma abordagem das consequências de longo prazo apresentadas por pacientes sobreviventes da Covid-19. Resultados: No primeiro estudo, foram avaliadas 643 pessoas. A cor da pele parda e a idade mais jovem influenciaram negativamente a renda das famílias e a adesão às medidas preventivas. O isolamento social foi a recomendação de menor adesão pelos participantes. O prejuízo da renda esteve presente em 48% dos participantes e outros 67% referiram a necessidade de realizar empréstimo financeiro. Já no segundo estudo, a maioria dos pacientes apresentaram mais de 1 sintoma por mais de 120 dias após o início da doença. Esta constatação também se aplica a pacientes que tiveram uma forma leve ou moderada de COVID-19. Fadiga foi o sintoma mais comum, seguida de dispneia e tosse. Os sintomas persistentes afetaram negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Ambos estudos representaram dois pontos diferentes numa realidade de situação de emergência global em saúde pública. Cada um desses cenários em específico explicitam novas demandas para o sistema público do município de Ribeirão Preto, SP. O primeiro prevê demandas envolvendo preocupações sociais e econômicas com indivíduos pardos sendo os mais prejudicados. Já o outro prevê uma nova demanda de doentes crônicos para um sistema de saúde em quase sua totalidade redirecionado para o enfrentamento das complicações agudas da COVID-19. |