A pedagogia hip hop e o ensino culturalmente relevante em história: novas estratégias didáticas para o ensino fundamental em escolas públicas de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira Júnior, Kleber Galvão de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-08042019-164244/
Resumo: Inspirada no debate teórico promovido pelo Grupo de pesquisa Multiculturalimso e Educação (CNPq) da Faculdade de Educação da USP e pelas experiências de pesquisa empírica desenvolvidas no âmbito das docências compartilhadas com professoras da rede municipal de ensino de São Paulo-SP, como parte do projeto de políticas públicas O ancestral e o contemporâneo nas escolas (FAPESP/2015: 50120-8), a presente dissertação de Mestrado propõe-se a apresentar propostas didáticas que amparem a plena efetivação das Leis 10.639/2003 e 11.645/08. O objetivo é repensar o ensino de história africana, afro-brasileira para as turmas finais do Ensino fundamental público, visando uma proposta pedagógica com orientação crítica e culturalmente relevante. Tomando a Pedagogia Hip hop, defendida por Marc Lamont Hill (2014), como referência para a condução das docências, em diálogo com as teses relativas à Luta pelo reconhecimento, sustentadas por Axel Honneth (2003), articuladas, por sua vez, às ideias de Kabengele Munanga (2004) sobre a influência da ideologia do embranquecimento na formação da sociedade brasileira, propõe-se uma reflexão a propósito de estratégias para o ensino por meio de raps socialmente engajados. Recorrendo a letras de rap, discutimos temas históricos e atuais com os alunos, procurando, por um lado, reconhecer a importância dos povos historicamente prejudicados (HONNETH, 2003) para a formação da sociedade brasileira, e por outro, desenvolver nos educandos um olhar crítico sobre suas próprias histórias. Procurou-se, desse modo, contribuir para a construção de bases identitárias positivas para as populações não-brancas (MUNANGA, 2004) em nosso país, além de colaborar para o combate do racismo, da discriminação racial e do preconceito em nossa sociedade, por meio do reconhecimento histórico e social dos povos coformadores do Brasil.