Os efeitos da expansão internacional sobre o desempenho de empresas multinacionais (EMNs) de economias em desenvolvimento: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Andrade, Álisson Maxwell Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-21062012-172212/
Resumo: A relação entre o Grau de Internacionalização (GI) e o desempenho das empresas multinacionais (EMNs) tem sido amplamente estudada na literatura de negócios internacionais. Entretanto, a maior parte dos estudos é realizada com empresas dos países desenvolvidos. De modo a contribuir com o desenvolvimento da teoria de internacionalização-desempenho, o presente estudo analisou essa relação no universo das EMNs de economias em desenvolvimento: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS). O principal objetivo do trabalho foi analisar se a estratégia de expansão internacional dessas EMNs está sendo traduzida em forma de eficiência e eficácia na gestão do negócio da empresa. O modelo hipotético do trabalho considera duas variáveis moderadoras da relação internacionalizaçãodesempenho: (1) Folga Organizacional (FO); e (2) Intensidade de Pesquisa e Desenvolvimento (IP&D). A amostra do estudo corresponde a 219 EMNs dos países integrantes dos BRICS, sendo que as informações levantadas referem-se a um período de 9 anos (2002-2010), totalizando 834 pares de observações para cada variável presente no modelo. Os dados foram obtidos junto a duas fontes: (1) Compustat Data; e (2) Thomson One. Após análises de regressão múltipla, utilizando o método dos Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), verificou-se uma relação não linear quadrática em forma de \"U\" entre o grau de internacionalização e o desempenho das EMNs dos países integrantes dos BRICS. Adicionalmente, os resultados mostram um positivo e significante efeito moderador da FO sobre a relação internacionalização-desempenho, entretanto, o mesmo não se verificou para a IP&D. Duas importantes implicações deste estudo para os gestores de negócios internacionais nas regiões dos BRICS é que: (1) os benefícios da expansão internacional não surgem de uma hora pra outra, mas exigem paciência para serem alcançados; (2) os gestores devem enxergar a FO como uma ferramenta estratégica de atuação no contexto internacional. Com base nos resultados encontrados, implicações e indicações para futuras pesquisas são fornecidas.