Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Álisson Maxwell Ferreira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-18112016-163255/
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Resumo: |
Desde 1970, a relação entre o grau de internacionalização e o desempenho das empresas multinacionais (EMNs) tem sido amplamente estudada na literatura de negócios internacionais. Entretanto, os resultados são bastante controversos. Diante disso, revisões recentes sobre o tema propuseram uma nova agenda de pesquisa para avançar na busca por um melhor entendimento acerca da relação Internacionalização-Desempenho. Atualmente, por exemplo, há um consenso de que a literatura de Internacionalização-Desempenho minimiza o papel da gestão, aspecto amplamente negligenciado na literatura de negócios internacionais, mas que é altamente relevante, pois o processo de expansão internacional traz consigo exigências de processamento de informações por parte dos executivos do alto escalão. Portanto, este estudo pretende preencher essa lacuna de pesquisa, incorporando o efeito das características do alto escalão sobre a relação Internacionalização-Desempenho. Para tanto, o trabalho retoma a perspectiva tradicional da relação Internacionalização-Desempenho, combinada às teorias do Alto Escalão ou Upper Echelons e Capacidade de Processamento de Informações, para propor que a influência do grau de internacionalização sobre o desempenho da empresa depende do contexto de gestão dessas empresas, em especial das características relacionadas à capacidade de processamento de informações do alto escalão. A amostra do trabalho é composta por 100 EMNs selecionadas nas bases Capital IQ e Thomson One. Os dados foram levantados para o período 2004-2014, sendo estabelecida uma defasagem de 3 anos entre as variáveis independentes (2004-2011) e dependente (2007-2014), totalizando um painel com 100 unidades transversais e 8 unidades temporais (8×100=800 observações). As hipóteses do trabalho foram testadas com a aplicação da técnica de dados em painel, através do método dos Mínimos Quadrados Ponderados (MQP). Os resultados sugerem que existe uma forte influência de certas características do alto escalão sobre a relação internacionalização-desempenho, tais como nível educacional, experiência internacional, média etária e diversidade de nacionalidades. Assim, o estudo encontra apoio para a tese de que a influência do grau de internacionalização sobre o desempenho da empresa depende do contexto de gestão e da capacidade de processamento de informações do alto escalão dessas EMNs, aspectos cruciais para a empresa superar os desafios inerentes à expansão internacional e obter melhor desempenho no contexto internacional. Além disso, os resultados sugerem que o tamanho da empresa, a intensidade de P&D e a liquidez contribuem positivamente para o desempenho internacional das EMNs. Neste sentido, o presente estudo realça o papel da gestão para a relação Internacionalização-Desempenho, ao mesmo tempo em que proporciona à literatura de negócios internacionais uma melhor compreensão acerca do reflexo das características do alto escalão sobre as estratégias internacionais e o desempenho das EMNs |