Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Niemeyer, Claudia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-25082015-143241/
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Resumo: |
Doenças infecciosas emergentes se caracterizam como enfermidades cujos patógenos evoluíram para uma nova cepa ou genótipo capaz de infectar tanto o mesmo hospedeiro quanto uma nova espécie. A ocorrência de doenças emergentes tem sido correlacionada à destruição de habitats e à perda de biodiversidade. As aves marinhas têm sido consideradas bons indicadores e sentinelas do ecossistema aquático, e uma ampla variedade de enfermidades virais têm sido investigadas e descritas em aves no mundo todo. A caracterização e o entendimento das enfermidades virais que acometem as aves marinhas que habitam a costa brasileira são de fundamental importância para a compreensão de possíveis surtos de mortalidade dentre outros fatores que interferem na conservação das aves em geral. O objetivo desta pesquisa foi investigar a ocorrência de herpesvírus, avipoxvírus e coronavírus nas espécies de aves marinhas que foram reabilitadas em três centros localizados ao longo da costa brasileira e nas colônias reprodutivas de Sula sp. e Phaeton sp. localizadas no arquipélago de Abrolhos, Bahia, Brasil, e em quatro colônias de Spheniscus magellanicus localizadas na Patagônia argentina. As análises virais foram realizadas pela técnica de PCR e RT-PCR e confirmadas pela reação de sequenciamento do amplicon identificado. Nos casos de óbito, as alterações histopatológicas foram identificadas por meio de análise microscópica. O estudo revelou a ocorrência dos três agentes virais identificados em centros de reabilitação no Brasil, além da ocorrência de herpesvírus nas populações de vida livre e ativas em seus sítios reprodutivos. Foram identificados quatro novos herpesvírus denominados: Magellanic penguin herpesvirus 1 (MagHV -1) causador de um surto de mortalidade associado a traqueíte necrótico-hemorrágica em pinguins de Magalhães em reabilitação; Magellanic penguin herpesvirus 2 (MagHV-2), identificado em pinguins de Magalhães aparentemente saudáveis nas colônias reprodutivas da Patagônia argentina; Sulid herpesvirus 1 (SuHV -1), identificado em atobás (Sula sp.) e grazinas (Phaeton sp.) nas colônias reprodutivas de Abrolhos e Thalassarchid herpesvirus 1 (ThHV -1), identificados em um albatroz de nariz amarelo (Thalassarche chlororhynchos) nas praias de Rio Grande, RS, Brasil. Também foram identificados: um novo avipox, denominado Brazilian penguinpox, causador de lesões cutâneas, esofágicas e respiratórias nos pinguins de Magalhães cutâneas, esofágicas e respiratórias nos pinguins de Magalhães em reabilitação em Santa Catarina e a identificação de dois Gammacoronavirus em três diferentes espécies assintomáticas que estavam em reabilitação em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Os dados obtidos constituem uma base de informação útil para estudos futuros no campo da patologia, virologia, epidemiologia e dos impactos antrópicos na saúde das aves marinhas do cone sul. |