Monitoramento de Ectoparasitas e Vírus em Resíduo Urbano de Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Viana, Amanda de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-17052022-112346/
Resumo: Morcegos são conhecidos como importantes reservatórios de diversos vírus com potencial emergente. Características ecológicas, hábitos gregários e mecanismos evolutivos constituem características que formam condições ideais para manutenção e transmissão do vírus para outras espécies. O objetivo do presente trabalho foi verificar a presença de herpesvírus e coronavírus em ectoparasitos e amostras de swab oral e retal de morcegos. As capturas ocorreram no Parque do Instituto Butantan entre 2017 e 2018. Quando coletadas, as amostras foram conservadas em VTM e armazenadas em ultra-freezer -70°C. Para a detecção molecular do vírus foram realizadas etapas de extração do material genético, RT PCR no caso de vírus de RNA, PCR, NESTED-PCR, eletroforese em gel de agarose, purificação dos fragmentos amplificados, sequenciamento e análise das sequências obtidas. Obtivemos nove espécies de morcegos pertencentes a três guildas, todas as espécies já foram registradas para o Estado de São Paulo. Foram registradas cerca de 10 espécie de ectoparasitos, sendo P. euthysternum e Chirnyssoides sp. os primeiros registros para o Estado de São Paulo. Encontramos sete amostras de swab oral e retal, provenientes de 10 morcegos, positivas para herpesvírus. Os Herpesvírus, pertencentes à subfamília Alphaherpesvirinae, apresentaram prevalência de 12,5%. Embora Hespesvírus de morcegos não possuam importância emergente, estudos de herpes em morcegos são escassos. Com relação aos coronavírus, obtivemos sequências de 10 amostras, provenientes de sete quirópteros. Dentre essas amostras, nove foram de swab e um de ácaro ectoparasito de morcego. A sequência encontrada no ácaro foi semelhante à sequência encontrada no swab retal do seu hospedeiro. Observamos que geralmente o coronavírus encontrado em um morcego de determinada espécie é semelhante ao coronavírus encontrados na mesma espécie ou pertencente à mesma guilda. Levando em consideração, que o trabalho foi desenvolvido em uma região de grande concentração e circulação de pessoas, assim como a notabilidade de alguns resultados, salientamos a necessidade de um monitoramento a longo prazo dos morcegos nessa região.