Identificação dos riscos sanitários na manipulação de medicamentos alopáticos não estéreis em farmácia comunitária e o papel das boas práticas de manipulação no controle desses riscos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Braga, Gláucia Karime
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-19082009-122809/
Resumo: A manipulação de medicamentos pode ser considerada a essência da profissão farmacêutica. Os produtos manipulados são destinados a um indivíduo e, por essa razão, eles são considerados uma importante ferramenta na terapêutica. Entretanto, de acordo com a literatura, a ausência de comprovação científica quanto à segurança e eficácia clínica desses medicamentos faz com que os profissionais de saúde assumam um risco toda vez que um medicamento manipulado é dispensado. Com a finalidade de regular esse setor, a ANVISA aprovou o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Manipulação em Farmácia BPMF a RDC 67/2007, a qual tem sido criticada devido aos seus exigentes requisitos para as farmácias comunitárias. Os objetivos desse trabalho foram identificar os riscos sanitários, seus efeitos e impactos na tríade qualidade-segurança-eficácia e as medidas de controle que podem ser aplicadas para reduzir os riscos identificados, a fim de verificar se tais medidas de controle se constituem como requerimentos de BPMF. Este trabalho, considerado teórico-conceitual, foi elaborado com base em uma pesquisa documental, por meio da hermenêutica da RDC 67/2007, do desenvolvimento e aplicação da ferramenta Análise de Perigos, Efeitos e Medidas de Controle e da pesquisa bibliográfica, a qual auxiliou na identificação dos riscos sanitários e das medidas de controle. Os resultados mostraram que os processos envolvidos na manipulação de medicamentos em farmácia apresentam riscos sanitários que podem ser reduzidos por meio de medidas de controle que, em sua maioria, são requisitos regulatórios da RDC 67/2007. Entretanto, existem algumas medidas de controle, tais como validação de software e de limpeza, qualificação de todos os equipamentos utilizados na manipulação e no controle de qualidade que não são cobertos pelas Boas Práticas de Manipulação brasileiras e que alguns dos requisitos das BPMF precisam ser revistos para evitar erros de interpretação e para facilitar a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade. Conclui-se, portanto, que para garantir a tríade qualidade-segurança-eficácia dos medicamentos manipulados é mais do que o Saber-Fazer galênico dos farmacêuticos. É necessário conhecer os riscos sanitários envolvidos na manipulação, suas conseqüências, seus impactos e as medidas de controle, a fim de que seja criada uma cultura organizacional de gestão do risco por meio de um sistema de gestão da qualidade implantado e mantido com o propósito de manter os riscos sanitários sob controle.