Abundância de proteínas no soro, composição corporal e perfil aminoacídico plasmático de cães adultos em manutenção alimentados com duas dietas formuladas com diferentes teores de proteína

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pedreira, Raquel Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16052024-105429/
Resumo: O crescimento populacional humano e de animais de companhia aumenta a demanda por alimentos, o que impacta o meio ambiente de forma distinta a depender do alimento utilizado. A procura por ingredientes proteicos é crescente e a cadeia de produção de proteínas é uma das que mais impacta de forma negativa o ecossistema, de forma que excessos devem ser evitados. A proteína, mais especificamente os aminoácidos essenciais e o nitrogênio devem estar presentes na dieta do cão. Porém, o teor ideal para manutenção da saúde e qualidade de vida do cão adulto saudável ainda não está bem estabelecido. O advento das ciências "ômicas " como a proteômica abre muitas possibilidades para estudos de nutrição, sendo mais uma possível ferramenta para avaliação do impacto dos alimentos na saúde. Com isso o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de dietas formuladas com diferentes teores de proteína bruta sobre a abundância de proteínas no soro e perfil de aminoácido plasmático e urinário, e composição corporal de cães adultos em manutenção. Foram utilizados nove cães castrados, adultos saudáveis, fêmeas e machos, sem raças definida, do canil da empresa Grandfood Ind Com LTDA, localizada na cidade de Dourado-SP. Dois alimentos formulados com os mesmos ingredientes, porém com diferentes teores de proteína bruta, um com 23% (P 23) e outro com 30% (P 30) foram avaliados após o consumo por 56 dias. Os cães permaneceram em sua rotina habitual, foram coletadas amostras de sangue para análise do proteoma no soro, perfil de aminoácidos (jejum), composição corporal e amostra de urina para análise de aminoácidos. Para as análises estatísticas adotou-se um modelo linear misto que contemplou o efeito fixo de tratamentos (P 23 e P 30), além dos efeitos aleatórios de período e animal. Os animais foram incluídos nas análises visando acomodar a estrutura de medidas repetidas nas mesmas unidades experimentais ao longo dos períodos experimentais. Todas as análises foram realizadas com o auxílio do procedimento PROC MIXED. Os alimentos foram adequadamente consumidos pelos cães, o peso corporal e escore de condição corporal não variou ao longo do estudo, assim como, a porcentagem de massa magra e de massa gorda, para nenhuma das dietas avaliadas (P >0.05). Foi verificada maior ingestão de gPB/kgPC (P=0,0079), e por gPB/PC0,75(P=0,0136) após o consumo da P 30, bem como, maior ingestão (g/kgPC/dia) dos AA (P <0,05), exceto na ingestão do triptofano (P >0,05), que foi igual entre as dietas. Foram detectados 30 aminoácidos no plasma e na urina, mas não foi encontrada diferença significativa na concentração de nenhum destes (P >0,05) após consumo das duas dietas. As análises proteômica e de bioinformática resultaram em 559 proteínas nas 18 amostras, após depleção das proteínas mais abundantes. A análise de variância apontou vinte proteínas diferentemente abundantes entre os tratamentos P 23 e P 30, destas, 9 são codificadas pelo mesmo gene. Com os dados deste estudo, conclui-se que através das análises de composição corporal, perfil de aminoácidos plasmático e urinário e de proteoma no soro de cães adultos saudáveis é possivel reduzir a proteína bruta do alimento do cão de 30% para 23% na matéria natural.