Efeito da anestesia e ventilação mecânica controlada na distribuição da ventilação e aeração pulmonar avaliada pela tomografia de impedância elétrica em crianças saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Milena Siciliano Nascimento Sass de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-13042023-133944/
Resumo: Introdução: A anestesia geral tem importante efeito na função respiratória. A tomografia de impedância elétrica é uma modalidade não invasiva para monitorização respiratória que possibilita acompanhar em tempo real as alterações na aeração e na distribuição da ventilação. Na população pediátrica é escasso o número de estudos que avaliaram o efeito da anestesia na ventilação pulmonar. Objetivo: Avaliar em pacientes pediátricos sem doença pulmonar submetidos à cirurgia não torácica, a aereação pulmonar e o padrão de distribuição da ventilação pulmonar através da TIE em respiração espontânea e em ventilação mecânica. Métodos: Estudo prospectivo observacional incluindo crianças de 0 a 5 anos, hígidas, submetidas à cirurgia não torácica. A monitorização foi realizada de forma contínua durante todo o tempo cirúrgico. Para análise dos dados o tempo cirúrgico foi divido em 5 momentos: Indução-RE, ventilação-5min, ventilação-30min, ventilação-prolongada e recuperação-RE. Além dos dados demográficos foram coletados também parâmetros de ventilação mecânica. Os dados da tomografia de impedância elétrica de aeração pulmonar (EELZ) e variação de ventilação (Delta Z) foram analisados ciclo a ciclo nos 5 momentos. Resultados: Foram incluídos 20 pacientes e foi observado redistribuição da ventilação da região posterior para anterior com o início da ventilação mecânica, ficando próxima a 50% nas regiões anterior/posterior. Com a restauração da respiração espontânea houve a retomada da ventilação na região posterior. Para as medidas de Delta Z foram observadas variações significativas nas medidas do Delta Z global e anterior comparados todos os tempos de ventilação mecânica à indução-SB (p<0,01). Na avaliação do EELZ, foi observado um aumento em todas as regiões quando a VM foi iniciada. Na comparação do EELZ global e posterior foi observado redução significativa entre os momentos VM-5min e VM-30min (p=0,01 e p=0,04) respectivamente. Após a restauração da respiração espontânea a região posterior apresentou valores de EELZ inferiores ao observado no momento pré anestesia (p=0,006). Conclusão: Demonstramos que a ventilação muda ventralmente durante a ventilação mecânica controlada e que a aeração diminui progressivamente, especialmente nas regiões dorsais do pulmão. Ambos os achados sustentam a hipótese de formação de atelectasias progressivas predominantemente nas regiões dorsais