Efeito da FiO2 e volume pulmonar sobre a distribuição da perfusão em pulmão saudável sob ventilação mecânica monitorizado por tomografia computadorizada e tomografia de impedância elétrica : estudo experimental em suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ribeiro, Bruno Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-02042024-171411/
Resumo: Introdução: Anestesia geral com uso de bloqueador neuromuscular e FiO2 elevada podem determinar colapso pulmonar e hipoxemia que são contrabalanceados por mecanismos ativos (vasoconstricção hipóxica pulmonar - VPH) e passivos/mecânicos (redução do volume pulmonar). Esses mecanismos são pouco estudados em modelos in vivo de pulmão saudável. Nossos objetivos são avaliar o efeito de duas FiO2, após reduzir a PEEP do valor titulado (onde há pouco colapso pulmonar estimado por tomografia de impedância elétrica - TIE) para PEEP=0 e, também, o efeito da redução do volume pulmonar sobre a distribuição da regional da perfusão pulmonar. Métodos: Treze suínos da raça Landrace foram estudados em uma ou duas condições (grupos). Grupo gravitacional: 3 fases randomizadas, iniciando com PEEP titulada e FiO2 de 0,4 (fase 1), seguido pelas fases com PEEP=0 e duas FiO2 (0,4 e 1), respectivamente fases 2 e 3. Para a análise, as imagens de ventilação e perfusão, sejam da TIE ou da tomografia computadorizada de tórax, foram divididas em 6 ROIs, sendo a ROI1 ventral e a ROI6 dorsal. Grupo oclusão: também dividido em 3 fases randomizadas, iniciando com ventilação bilateral e PEEP titulada com FiO2 de 1 (fase 1), seguido pela oclusão de pulmão esquerdo, previamente preenchido com FiO2 de 0,21, o que mantinha o pulmão aerado (fase 2), e terminando com a oclusão com o pulmão preenchido com a FiO2 de 1, o que determinava colapso pulmonar (fase 3). A análise das imagens neste grupo foi dividida em duas ROIs, uma direita e outra esquerda. Resultados: No grupo gravitacional após a diminuição da PEEP para 0 foi observado a formação de atelectasia gravitacional em regiões dependentes, com aumento de tecido pulmonar colapsado de 2,6±2,5% para 18,6±7,6% (P < 0,01). Houve redução na perfusão em regiões dependentes (ROIs 5 e 6) (P < 0,01). Não houve diferença na distribuição regional da ventilação e da perfusão entre as fases 2 e 3 (P < 0,01), mas houve aumento no colapso pulmonar total (14,1%; IC95%: 4,1 a 24,1; P=0,02). O colapso ocorreu predominantemente nas regiões dorsais (ROIs 5 e 6). No grupo oclusão houve diferença na ventilação e perfusão para o pulmão esquerdo entre a fase de ventilação bilateral (fase 1) e as fases de oclusão do pulmão esquerdo (fases 2 e 3). O volume pulmonar do pulmão esquerdo na região de aquisição da TC (espessura de 19,2mm) reduziu da fase 2 para fase 3, onde o pulmão estava totalmente colapsado (-62,5 ml; IC95%: -48,5 a -76,1, P < 0,01), e a perfusão normalizada pela densidade também reduziu (-15,0%; IC95% -6,4 a -23,6; P < 0,01). Conclusões: No grupo gravitacional não foi observada diferença tanto na distribuição de perfusão quanto na ventilação pulmonar entre as duas FiO2 (1 e 0,4) durante uso de PEEP=0, apesar do maior colapso com uso de FIO2=1. No grupo oclusão, a redução significante do volume pulmonar entre as fases de oclusão com o pulmão esquerdo aerado (FiO2 0,21) e colapsado (FiO2 1) determinou redução na perfusão quando normalizada pela densidade pulmonar