Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Campos, Sandra Regina Leite de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-02092009-155313/
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Resumo: |
Esta pesquisa analisa os primeiros marcadores de aquisição de língua de sinais em uma criança surda, filha de pais ouvintes em um ambiente onde a língua foi propiciada por meio de interlocutores Surdos e ouvintes, usuários da Libras. Ao considerarmos que, a criança surda tem seu desenvolvimento de linguagem construído prioritariamente na escola especial, discutiremos o papel dos interlocutores envolvidos nessa relação e procuraremos compreender o efeito do ambiente na construção da língua de sinais em crianças surdas, filhas de pais ouvintes. O trabalho se fundamenta na teoria histórico-social de Vygotsky e seus seguidores, pressupondo a linguagem como constitutiva do conhecimento e construtora de sentidos. A pesquisa foi realizada, na Escola para Crianças Surdas Rio Branco da Fundação de Rotarianos de São Paulo onde foi criado no ano de 2001 o Programa de Estimulação do Desenvolvimento. A fonoaudióloga e atual pesquisadora, junto com um instrutor surdo nesse programa que tem por objetivos principais a aquisição da língua de sinais das crianças inscritas e o aprendizado da língua pelos pais. A pesquisa se desenvolveu nesse espaço e o material colhido durante a realização do Programa teve quatro episódios recortados, que aqui serão apresentados e discutidos. O material foi analisado em uma perspectiva microgenética buscando, o efeito de do ambiente e evidenciando as marca do desenvolvimento da língua de sinais e seus efeitos na relação e na aquisição da língua. Desse material analisado, concluímos que o pressuposto de linguagem a partir do qual concebemos a criança Surda é determina os serviços que oferecemos a ela, assim ao concebermos a linguagem como constitutiva do sujeito. Modificando o modo de significar esses sujeitos e podemos nos organizar socialmente de modo que a criança Surda possa nascer culturalmente. Esses pressupostos devem ser colocados em trabalhos que se destinem a bebês Surdos, pois somente o trabalho com bebês Surdos que contemple a interlocução com um outro significativo Surdo possibilitará o pleno desenvolvimento lingüístico, social e cultural desse bebê como alguém que pertencerá a uma comunidade de iguais na sua diferença, mas que compartilham a mesma língua e a mesma visão de mundo. |