Comunidade surda: notas etnográficas sobre categorias, lideranças e tensões

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Assensio, Cibele Barbalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-01032016-145531/
Resumo: O objetivo deste trabalho é empreender uma análise de um campo discursivo das práticas que conferem à surdez o estatuto de particularidade linguística e cultural. Para tanto, foi realizada pesquisa etnográfica em espaços caracterizados pela presença de sistemas de comunicação gestuais-visuais normatizados sob a forma da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Atentou-se também a aspectos históricos relativos à surdez e a formas disciplinares constitutivas da LIBRAS. Acompanhar o percurso de líderes surdos em espaços variados foi fundamental para revelar uma normatividade na qual a surdez é afirmada e performatizada em termos de língua e cultura. Ao mesmo tempo são constituídas tensões, disputas e lutas em torno dessa normatividade. Categorias identitárias, tais como cultura surda e comunidade surda, são constantemente mobilizadas por profissionais que atuam em defesa da libras e são referidas sobretudo a sujeitos classificados como surdos . Constatou-se, enfim, que líderes surdos ocupam posição de destaque ao atuarem como porta-vozes da coletividade linguística falante de libras.