Cem anos de imigração japonesa no Brasil: o japonês como ensino de língua estrangeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Morales, Leiko Matsubara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-28052010-140321/
Resumo: O propósito deste trabalho foi compreender como o ensino de língua japonesa evoluiu ao longo de cem anos de permanência dos japoneses no Brasil. Para melhor apreensão do objeto de nosso estudo, trabalhamos com duas vertentes de pesquisa, a histórica e a lingüística, privilegiando especialmente a visão dos professores, com os seus relatos orais e fontes documentais. Dos elementos da história, situamos o ensino de língua japonesa, nos seus primórdios, como uma língua de imigração a língua materna dos descendentes (1908-1941). No pós-guerra, o japonês é transmitido como língua de herança aos descendentes bilíngües, até chegar aos dias atuais, já ensinado como língua estrangeira. Para a análise lingüística entrevistamos os professores em exercício, que nos possibilitaram fazer um mapeamento de dados lingüísticos. Para essa análise, tomamos por base as teorias de aquisição e aprendizagem, os fundamentos do bilingüismo, os estudos de contato de línguas e trabalhos precedentes sobre a língua japonesa falada na comunidade nikkei. Verificou-se que, do ponto de vista lingüístico, houve um espectro de ocorrências que variaram desde questões de acuidade gramatical até de competência sociolingüística dos professores, no que diz respeito ao emprego da variedade lingüística, tanto de nativos quanto de não-nativos. Com os resultados obtidos, chegamos à conclusão de que, historicamente, o japonês não foi ensinado ou estudado como LE na esfera comunitária, nem pesquisas na área de ensino avançaram no meio acadêmico. À medida que o ensino de língua japonesa se propaga, inclusive entre não-descendentes, são necessárias pesquisas sobre a língua falada dos professores nativos e não-nativos, visando melhorar a competência lingüística, seja por meio de cursos de aperfeiçoamento, livros didáticos especializados para os alunos brasileiros, ou ainda pela elaboração de gramáticas bilíngües, tudo isso levando a novas concepções de ensino e aprendizagem, voltadas para a necessidade do alunado brasileiro.