Análise da pronúncia de aprendizes japoneses no Brasil: produção das estruturas silábicas CVC e CCV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Nomura, Gustavo Massami
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-13092013-121329/
Resumo: Apesar de o Brasil ser o país com a maior comunidade japonesa fora do Japão, ainda há poucos estudos sobre a aquisição e aprendizagem do português por falantes japoneses. Partindo da descrição do sistema silábico da língua portuguesa (CÂMARA JR., 1970; FERREIRA NETTO, 2001; CRISTÓFARO SILVA, 2009; CAGLIARI, 2007; CAVALIERE, 2005) e da língua japonesa (SHIBATANI, 1987; ITÔ, 1986; McCAWLEY, 1968; HINDS, 1986), pretende-se observar por meio da Análise de Erros (CORDER, 1967) quais as estratégias utilizadas por falantes japoneses em processo de aprendizagem da língua portuguesa para pronunciar duas estruturas silábicas que não existem em sua língua materna: sílabas CVC terminadas em /r/ ou /s/, e sílabas com mais de uma consoante pré-vocálica do tipo CCV, com /r/ ou /l/ ocupando a segunda posição de ataque. A partir dessa observação, busca-se determinar quais dessas estruturas representam maior dificuldade para o aprendiz japonês. Para a composição do corpus, foram criados dezenove nomes fictícios com as estruturas silábicas em questão e sete informantes foram gravados. Ainda que não tenha sido uma pesquisa quantitativa, por meio da comparação dos resultados foi possível verificar a maior facilidade de produzir sílabas CVC em relação às CCV e, para a maioria, o número de acertos foi maior com a consoante /s/ em posição de coda e /r/ na segunda posição de ataque complexo. Quanto à estratégia utilizada, o uso de inserção vocálica foi maior que o de apagamento, exceto quando /r/ ocupa a posição de coda. A pesquisa mostrou que a dificuldade maior ou menor do aprendiz pode ser entendida a partir de processos fonológicos que acontecem na L1, no caso a língua japonesa.