Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Durães, Larissa Pedreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-11062020-152130/
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Resumo: |
A literatura científica dedicada ao estudo da aprendizagem da leitura e da escrita tem encontrado resultados significativos apontando que o conhecimento do alfabeto é fator preditor do sucesso na alfabetização, sendo considerado, em vários sistemas educacionais, como meta a ser atingida ao final da pré-escola. O conhecimento das letras é uma competência que abrange saber seu nome, som e grafia. Tais associações são resultado de uma aprendizagem complexa e de difícil domínio, devido à arbitrariedade entre a forma, o nome e, muitas vezes, o som das letras. Alfabetos mnemônicos têm sido elaborados com o objetivo de favorecer a memorização simultânea da forma e som da letra, associando-a a uma figura cujo nome é começado por ela. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar a eficácia do uso de um alfabeto mnemônico, em comparação ao uso do alfabeto convencional, na aprendizagem de letras por pré-escolares. O estudo, de delineamento quase experimental, contou com as etapas de pré-teste, intervenção e pós-teste e utilização de dois grupos experimentais submetidos a diferentes tipos de intervenção: o grupo que realizou a intervenção com o alfabeto mnemônico (GAM) e o grupo que realizou a intervenção com o alfabeto convencional (GAC). Os participantes foram 25 alunos do último ano de duas pré-escolas (idade média de 5 anos e 11 meses; desvio padrão de 3,16 meses), sendo 12 crianças do GAM e 13 do GAC. No pré-teste foram aplicados o Teste de Raven (para controle do nível intelectual dos participantes) e uma prova de reconhecimento de letras, de modo a selecionar para a pesquisa apenas crianças que conhecessem menos da metade das letras do alfabeto. O treinamento teve duração de 10 sessões de 30 minutos e consistiu em ensinar 6 letras selecionadas após a fase de pré-teste. Ao final do treinamento, na fase de pós-teste, os participantes foram avaliados quanto ao conhecimento do nome das letras do alfabeto em geral e escrita das letras treinadas, bem como de palavras começadas por essas letras. Ambos os grupos obtiveram progressos significativos no reconhecimento das letras treinadas, porém apenas o GAM obteve progressos significativos na aprendizagem do alfabeto em geral, o que sugere efeitos mais positivos do treino com o uso do alfabeto mnemônico. Foram encontradas, ainda, diferenças significativas a favor do GAM no reconhecimento (nome) das letras ensinadas e na escrita dessas letras, assim como na escrita das palavras treinadas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, porém, no caso da escrita de outras palavras começadas com as letras ensinadas. O método mnemônico, permitindo o pareamento de um estímulo conhecido (figura) com um não conhecido (letra) para o ensino do alfabeto, mostrou-se uma estratégia potencialmente útil para o desenvolvimento dessa importante habilidade de letramento emergente. Sugere-se, portanto, o seu uso nos ambientes pré-escolares e nas interações informais com os pais e responsáveis. |