Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Medeiros, Giuliana Xavier de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-24042024-170719/
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Resumo: |
Neste trabalho, tivemos como objetivo avaliar a resposta de grupos vulneráveis à COVID-19, como idosos e pacientes com Imunodeficiência Comum Variável (ICV), vacinados com CoronaVac. Além da resposta ao regime inicial de 2doses, também foi avaliada a resposta ao reforço vacinal com a vacina de RNAm BNT162b2. Níveis de IgG anti-RBD e Spike de SARS-CoV-2, IFN- e IL-2 após ensaio de liberação de citocinas induzido por antígeno, foram determinados por ELISA. Título de neutralização foram quantificados por teste de neutralização baseado em efeito citopático (CPE-VNT) para os dois grupos. Na coorte de idosos, foram incluídos indivíduos vacinados com 2 doses de CoronaVac (N=101, dos quais 54% estão acima dos 55 anos), ou 2 CoronaVac + 1 BNT162b2 (N=31), convalescentes foram recrutados como controles positivos (N=72) e amostras pré-pandêmicas foram incluídas como controle negativo (N=36). Não foi observada diferença na produção de IFN- e IL-2 entre vacinados com 2 doses e convalescentes. Vacinados tiveram maior produção de IgG anti-RBD de SARS-CoV-2, entretanto convalescentes apresentaram maiores títulos de anticorpos neutralizantes. Foi observada uma correlação negativa significativa entre produção de citocinas e anticorpos e idade dos participantes. Mulheres e homens mais jovens apresentaram maior produção de IL-2 em relação aos participantes acima de 55 anos. Homens acima de 55 anos tiveram níveis de IgG anti-RBD diminuídos em comparação àqueles abaixo de 55 anos. Mulheres acima de 55 apresentaram menor produção de anticorpos neutralizantes em comparação às mais jovens. A terceira dose (BNT162b2) levou à um aumento significativo na produção de anticorpos específicos e neutralizantes. O aumento foi observado tanto em indivíduos acima quanto abaixo de 55 anos em relação à 2a dose. Na coorte de imunodeficiência, foram incluídos 26 pacientes com ICV vacinados com 2 doses de CoronaVac (N=14) ou ChAdOx1 (N=9) e vacinados com 2 CoronaVac + 1 BNT162b2 (N=14). Indivíduos saudáveis vacinados com CoronaVac (N=60) e após reforço com BNT162b2 foram incluídos como controles (N=16). Pacientes ICV vacinados com 2 doses ChAdOx1 apresentaram maiores dos níveis de anticorpo anti-RBD e -S em relação aos vacinados com CoronaVac. Vacinados com ChAdOx1 foram os únicos a produzirem anticorpos neutralizantes contra as linhagens Wuhan, Delta e Gama. A resposta celular foi baixa independentemente da plataforma vacinal. O regime de 3 doses (2 CoronaVac + 1 BNT162b2) induziu resposta imune menor do que 2 doses de ChAdOx1. A resposta vacinal de pacientes ICV foi menor do que a de indivíduos saudáveis. Nossos resultados indicam que idosos se beneficiaram da dose heteróloga de BNT162b2, porém a duração desta resposta deve ser avaliada em estudos longitudinais para garantir o calendário ótimo de doses adicionais para este grupo. Os pacientes ICV tiveram uma melhor resposta ao regime de duas doses de ChAdOx1 em comparação ao de 3 doses, sugerindo que aqueles inicialmente vacinados com CoronaVac podem não estar adequadamente protegidos contra a infecção por SARS-CoV-2 e suas complicações. |