Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Givisiez, Flávia Naves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-13092018-142954/
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Resumo: |
Segundo a legislação brasileira e normas internacionais, os concentrados de hemácias (CH) devem ser mantidos sob controle rigoroso de temperatura, armazenados de 2 a 6°C e transportados de 1 a 10°C, por até 24 horas. Entretanto, não existem evidências científicas de que estes valores sejam relevantes para manutenção de qualidade, segurança e viabilidade dos CH. O objetivo deste trabalho foi monitorar parâmetros laboratoriais in vitro em dois tipos de CH (CPDA-1, preparado pela metodologia do plasma rico em plaquetas e em SAGM preparado pelo buffy-coat), no decorrer de condições normais de armazenamento e em temperaturas de transporte inadequadas. O trabalho foi executado em três etapas. Na primeira etapa, foram estabelecidos os valores de referência para os dois tipos de CH armazenados em condições normais, através de testes laboratoriais semanais para determinação de hematócrito, hemoglobina total, hemoglobina plasmática, grau de hemólise, glicose, lactato, desidrogenase lática e potássio. Na segunda etapa, amostras de CH foram submetidas a temperaturas entre -2°C e +1°C, ou entre 11 e 15°C, por um período de 6 horas ou 24 horas, no 14º dia de armazenamento. Na terceira etapa os CH foram expostos a condições de estresse extremo, submetendo-os a temperaturas entre -2°C e +1°C ou entre 22°C e 25°C, por período de 48 horas. Os resultados dos testes laboratoriais das segunda e terceira etapas foram comparados com controles e aos valores de referência da primeira etapa. Nas unidades de CH em CPDA-1 foram encontrados valores significativamente mais elevados de potássio, hemoglobina livre, grau de hemólise, lactato e LDH do que nos CH em SAGM, enquanto que a concentração de glicose foi muito mais baixa em CH-CPDA1. Na 2ª etapa, exposições por até 24 horas em temperaturas de até - 2°C ou até 15°C não causaram diferenças significativas nas dosagens de hemoglobina livre, grau de hemólise, glicose, lactato, LDH e potássio quando comparados aos controles. Amostras de CH-CPDA1, quando avaliadas imediatamente após período de 48 horas de exposição, apresentaram resultados de glicose superiores aos controles quando submetidas a -2°C e inferiores ao controle quando a 25°C. Exposições por até 48 horas em temperaturas de até -2°C ou até 25°C não causaram diferenças significativas na hemoglobina livre, grau de hemólise, lactato, LDH e potássio quando comparados aos controles, nos dois tipos de CH. Nesse trabalho foram elaborados perfis padrão de parâmetros laboratoriais para dois tipos de CH. Estes perfis padrão constituirão uma ferramenta de grande utilidade para controle de qualidade e monitoramento das lesões de armazenamento em bolsas de CH produzidas na Fundação HEMOMINAS. Nossos resultados demonstraram que bolsas dos dois tipos de CH submetidas a temperaturas de - 2°C ou 14°C por períodos inferiores a 24 horas não apresentam alterações significativas nos parâmetros laboratoriais avaliados in vitro e permitiram algumas elaboramos recomendações práticas e importantes para serviços de hemoterapia. Entretanto, ainda não existem ainda evidências suficientes na literatura para modificação das normas de temperatura e tempo de transporte atualmente preconizadas pela legislação nacional e internacional. |