Análise da reintegração ao estoque do hemocentro de bolsas de concentrado de hemácias devolvidas pelas agências transfusionais contratantes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Simão, Josie Fabiana Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17155/tde-19082020-101616/
Resumo: No intuito de se racionalizar estoques de sangue, grande preocupação é levantada em relação às bolsas, ainda em tempo de vida útil, armazenadas nas Agências Transfusionais (ATs) sem perspectivas de reais utilizações em transfusões locais, antes do vencimento. Questões diversas ligadas à manutenção da qualidade e viabilidade deste tipo de hemocomponente são levantadas: \"Pode-se reintegrar ao estoque do Hemocentro, ou não, as possíveis bolsas de concentrados de hemácias advindas de devolução de ATs contratantes?\" Assim, um formato organizacional para gerenciamento dos estoques precisa ser estabelecido e seguido, com inclusão de processos que regularizem a devolução de bolsas e sua reintegração ou não ao estoque. O processo de validação de metodologias para reintegração de componentes do sangue e sua utilização na prática corrente ajudarão na qualificação do hemocomponente devolvido, na racionalização e melhor aproveitamento dos estoques, em especial do grupo de concentrados de hemácias (CH). A Portaria de Consolidação nº 5/2017, Anexo IV, do Ministério da Saúde, é a norma brasileira que estabelece requisitos para o controle de qualidade de hemocomponentes e propõe as dosagens de hemoglobina, hematócrito e grau de hemólise como indicadores laboratoriais principais da qualidade dos concentrados de hemácias. BRUNSKILL, et. al. (2012) apresenta os parâmetros de hemólise e concentração de ATP (in vitro) e recuperação pós transfusão (in vivo), individualmente ou em combinação, para avaliação da qualidade de bolsas de CH. Na expectativa de criação de um modelo próprio para análise e racionalização do estoque padrão a ser mantido nas ATs atendidas pelo setor de Distribuição da Unidade de Coleta do Hemominas em Betim/ MG (município da região metropolitana de BH) chegou-se a proposição de estoque padrão de CH por grupo sanguíneo para cada AT cliente (SIMÃO, 2015). A partir do modelo proposto, as devoluções praticamente se restringiram ao Hospital Unimed Betim (HUB). Dessa forma, as devoluções deste banco de sangue hospitalar para a unidade distribuidora foram o objeto da pesquisa apresentada. Todas as bolsas devolvidas, dentro dos critérios de inclusão, no período de maio/2018 a dezembro/2018, passaram por testes. As bolsas mantidas no setor BET/HPZ.DIST (Grupo Controle-GC), bem como as bolsas de CH elegíveis aos critérios apresentados retornadas por devolução da AT foram submetidas aos seguintes testes no D15 (15 dias antes do vencimento), D7 (7 dias antes do vencimento) e no último dia de validade (Df): análise visual, determinação do grau de hemólise e dosagem da hemoglobina plasmática (hemoglobina livre). Realizou-se também o teste de esterilidade no Df. A análise visual isolada para reintegrações de bolsas ao estoque, não detectou variações de hemólise que identificariam ou excluiriam possíveis lesões de armazenamento. O efeito do grupo, de forma geral e isolada, para o parâmetro hemólise não teve significância estatística. Já o tempo de validade das bolsas, foi fator de destaque e teve comprovada correlação com as médias de hemólise relacionadas. Sugeriu-se ainda que as devoluções de bolsas, quando fizerem parte das práticas do hemocentro distribuidor deverão ocorrer até 15 dias antes do vencimento, de forma que variações no padrão de hemólise entre o D15 e o D7 foram significativas no estudo.