Modelo preditivo do risco de ocorrência da raiva em bovinos no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Braga, Guilherme Basseto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-07012015-140605/
Resumo: A raiva dos bovinos permanece endêmica no Brasil e apesar dos esforços no controle, a doença ainda se espalha insidiosamente. O principal transmissor é o morcego hematófago Desmodus rotundus. O presente trabalho objetivou o desenvolvimento de um modelo preditivo qualitativo para a ocorrência da raiva de bovinos, por município, em 25 dos 27 Estados brasileiros. O risco de transmissão de raiva de morcegos hematófagos para bovinos foi estimado utilizando modelos baseados em árvores decisórias de receptividade e vulnerabilidade. Questionários abrangendo questões relacionadas à vigilância de possíveis fatores de risco, como focos em bovinos, presença de abrigos de morcegos, morcegos positivos para ao vírus da raiva e mudanças ambientais foram aplicados às unidades locais veterinárias de cada Estado. A densidade de bovinos e as características geomorfológicas foram obtidas através de bases de dados nacionais e sistemas de informação geográfica. Dos 433 municípios que apresentaram focos de raiva bovina em 2010, 178 (41.1%) foram classificados pelo modelo como de alto risco, 212 (49.0%) foram classificados como de risco moderado, 25 (5.8%) com baixo risco, enquanto o risco não pode ser determinado em 18 (4.1%) municípios. Uma curva ROC foi desenvolvida para determinar se o risco avaliado pelo modelo poderia discriminar adequadamente os municípios em relação à ocorrência de raiva nos anos seguintes. O estimador de risco para os anos de 2011 e 2012 foi classificado como moderadamente acurado. No futuro, estes modelos poderão permitir o direcionamento de esforços no controle da raiva, com a adoção de medidas de controle direcionadas para áreas de maior risco e a otimização do deslocamento das equipes veterinários de campo pelo território nacional. Adicionalmente, esforços deve ser realizados para encorajar uma vigilância contínua dos fatores de risco.