Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Menozzi, Benedito Donizete |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181163
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Resumo: |
A vigilância epidemiológica para o vírus rábico (VR) tem como um dos seus pilares o diagnóstico laboratorial. Devido à mudança do perfil epidemiológico da Raiva nas últimas décadas, a vigilância passiva de quirópteros em áreas urbanas é de grande importância, tendo em vista que esses animais passaram a ocupar o papel de principais transmissores do vírus a humanos e animais no Brasil. O objetivo desse estudo foi fornecer um panorama sobre a situação epidemiológica da infecção por VR em quirópteros no município de Botucatu e região. Trata-se de um estudo descritivo de dados epidemiológicos de vigilância passiva, com base no diagnóstico de Raiva em quirópteros no período de 2003 a 2018, realizado no Serviço de Diagnóstico de Zoonoses (SDZ) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Campus de Botucatu. Um total de 4.271 quirópteros foram submetidos ao SDZ por 42 municípios da região de Botucatu, São Paulo. O diagnóstico de infecção pelo VR foi realizado utilizando-se a imunofluorescência direta e o isolamento viral em camundongos. Realizou-se um levantamento de informações referentes aos quirópteros positivos quanto ao local de recolhimento, ocorrência de sinais clínicos e de contato com outros animais ou homem. Foram elaborados mapas para ilustrar o local de recolhimento dos quirópteros positivos no município de Botucatu. O percentual de positividade em todo o período foi de 1,3% (57/4.281). O município de Botucatu foi responsável por 76,8% (3.289/4.271) das amostras de quirópteros recebidas em todo o período e por 70,2% (40/57) dos positivos. O percentual de positividade do município foi de 1,2% (40/3.289). Os 57 quirópteros positivos pertenciam a 11 gêneros e 12 espécies, distribuídos em três famílias: Molossidae, Vespertilionidae e Phyllostomidae. A maioria (71,9%; 41/57) dos quirópteros positivos tinha hábito alimentar insetívoro e não apresentou sinais clínicos de Raiva. Em 3,6% deles, entretanto, houve algum sinal clínico. Grande parte (66,7%; 38/57) dos quirópteros positivos foram encontrados em residências (área externa e interna). Em 8,8% (5/57) dos casos houve algum tipo de exposição direta (agressão) dos quirópteros infectados a pessoas e em 24,6% (14/57) a animais domésticos. No que se refere a vigilância passiva para infecção de VR em quirópteros, a obtenção e análise de dados epidemiológicos é importante, especialmente com a crescente população de quirópteros em áreas urbanas, o que se deve, dentre outros fatores, à degradação ambiental. Esses dados devem servir de base para a tomada de decisão e adoção de estratégias de prevenção e controle da Raiva, além de auxiliarem no aperfeiçoamento da própria vigilância epidemiológica. |