Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Carvalho e Silva, Carolina Maria Pinto Domingues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-24102018-124628/
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Resumo: |
Introdução: Estudos anteriores sugerem possível benefício do uso perioperatório das estatinas para redução de eventos cardiovasculares pósoperatórios. Metanálise previamente publicada demonstra que as estatinas reduzem mortalidade e infarto perioperatório em pacientes submetidos a cirurgia não-cardíaca. Entretanto, novas evidências em cirurgia cardíaca sugerem efeitos neutros ou mesmo deletérios das estatinas, sendo que metanálise recente demonstrou aumento da incidência de insuficiência renal aguda e tendência a maior mortalidade pós-operatória. Devido aos resultados conflitantes e escassez de evidências definitivas, foi realizada uma revisão sistemática e metanálise de estudos randomizados para avaliar os efeitos do uso perioperatório das estatinas em cirurgia cardíaca e nãocardíaca. Objetivo: Avaliar em pacientes adultos submetidos à cirurgia cardíaca e não-cardíaca a associação entre o uso perioperatório de estatinas e a incidência pós-operatória de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência renal aguda e mortalidade. Metodologia: As bases de dados Pubmed, EMBASE e Cochrane foram avaliadas por 2 pesquisadores independentes até 1º de maio de 2018 para busca de artigos apropriados. Foram incluídos estudos randomizados que avaliaram o uso perioperatório de estatinas comparadas a placebo ou a nenhum tratamento em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca e nãocardíaca. Foram calculados o risco relativo (RR) ou razão de chances (odds ratio, OR) e intervalo de confiança 95% (IC 95%) por meio de metanálise de efeitos fixos. Foi realizada a análise sequencial dos estudos (trial sequential analysis, TSA) para quantificar a confiabilidade estatística dos dados. A metodologia Cochrane foi utilizada. Os desfechos primários foram definidos como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência renal aguda e mortalidade no período pós-operatório. Resultados: Foram incluídos 35 estudos randomizados totalizando 8200 pacientes. O uso de estatina comparado ao controle foi associado a menor incidência de infarto em pacientes submetidos a cirurgia não-cardíaca (OR=0,44 [IC 95%, 0,30 a 0,64], p < 0,0001), mas não em pacientes submetidos a cirurgia cardíaca (OR=0,93 [IC 95%, 0,70 a 1,24], p=0,61). O uso da estatina foi associado a maior incidência de insuficiência renal aguda em cirurgia cardíaca (RR=1,15 [IC 95%, 1,00 a 1,31], p=0,05), mas não em cirurgia não-cardíaca (RR=1,52 [IC 95%, 0,71 a 3,26], p=0,28). Não foi observado impacto do uso das estatinas na ocorrência de acidente vascular cerebral e mortalidade em ambos os grupos cirúrgicos. No entanto, a análise dos estudos com baixo risco de viés em cirurgia cardíaca demonstrou maior mortalidade com o uso de estatinas comparadas a placebo (OR=3,71 [IC 95%, 1,03 a 13,34], p=0,04). A análise sequencial dos estudos (TSA) não sugeriu conclusões definitivas sobre o assunto. Conclusão: As estatinas parecem ter efeito protetor contra infarto pós-operatório em cirurgia não-cardíaca, mas estão associadas a maior risco de insuficiência renal aguda em cirurgia cardíaca. Possíveis efeitos positivos ou negativos sobre a mortalidade não podem ser excluídos. Os dados dos estudos randomizados disponíveis até o momento ainda são insuficientes para conclusões definitivas sobre o uso perioperatório das estatinas. Estudos randomizados adicionais são necessários para avaliar o perfil de segurança e possíveis efeitos benéficos destas medicações nos desfechos pós-operatórios |