Marxismo como crítica da ideologia: um estudo sobre os pensamentos de Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Brito, Leonardo Octavio Belinelli de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-09082019-112520/
Resumo: Tomando como ponto de partida a experiência intelectual compartilhada por Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz no chamado Seminário Marx, o presente trabalho constitui um estudo a respeito das elaborações marxistas de ambos os autores a respeito das linhas de força do desenvolvimento da sociedade capitalista no Brasil a partir de sua independência. O intuito de aproximar os dois autores é destacar os pontos de convergência de suas formas de pensar, o que permitiria afirmar a existência de uma interpretação do Brasil forjada nos trabalhos de alguns dos participantes do Seminário Marx. O trabalho argumenta que a formulação da mencionada interpretação do Brasil nos trabalhos dos dois autores foi derivada de uma análise crítica do legado teórico de Karl Marx, processo o qual designamos, conforme a literatura pertinente, de nacionalização do marxismo, e de outras interpretações do Brasil precedentes, entre as quais se destacam as formuladas por Caio Prado Júnior, Antonio Candido, Florestan Fernandes e Celso Furtado. Segundo o que se buscará demonstrar, esse processo de elaboração teórica dos autores pode ser interpretado a partir da noção de crítica da ideologia. Do ponto de vista expositivo, a tese conta com duas partes: a primeira é dedicada à análise dos estudos realizados por Cardoso e Schwarz a respeito da sociedade escravocrata brasileira do século XIX; já a segunda tomo como referência as interpretações dos dois autores a respeito do processo de desenvolvimento e modernização do país no século XX, com atenção especial ao período pós-1930.