Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Romacheli, Angelica de Amorim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16139/tde-07112018-105009/
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Resumo: |
Essa tese se propõe a realizar uma reflexão acerca da produção dos espaços públicos urbanos na cidade de Goiânia, capital do estado de Goiás. Dedica-se, mais especificamente, aos espaços públicos produzidos como uma espécie de \"resíduo\" da atuação de empresas do mercado imobiliário formal, no período que a bibliografia convencionou chamar \"boom imobiliário\" (2007-2015). Neste período, as incorporadoras, mais capitalizadas e competitivas, desenvolveram estratégias de desenho que aplicadas aos seus produtos permitem \"criar localizações\". O processo de \"criar localizações\" possibilita o aumento significativo da margem de lucro dos empreendimentos, na medida em que se pode optar por terrenos cada vez mais longínquos. Com a possibilidade de poder buscar áreas fora das regiões mais equipadas da cidade, torna-se mais fácil encontrar terrenos mais baratos e/ou maiores. Terrenos maiores permitem, ainda, ganhos de escala na medida em que possibilitam a produção de um maior número de unidades habitacionais por empreendimento, o que também incrementa a rentabilidade. O resultado são entornos habitacionais, horizontais ou verticais, localizados à nas margens da área urbanizada, marcados pela fragmentação física e pelas estratégias de auto segregação. O espaço público se torna amorfo e estéril; e se presta unicamente à circulação motorizada. A caminhabilidade é a lente através da qual esse processo de deterioração dos espaços públicos urbanos será analisado. Para realizar essa reflexão tomou-se o caminho da pesquisa empírica. Primeiro foram escolhidas áreas da cidade, que pudessem representar a variedade das estratégias do mercado imobiliário na criação desses novos produtos; e que em consequência permitisse avaliar processos distintos de rearranjo no desenho dos espaços públicos. Foram escolhidas primeiramente três amostras, diferentes entre si, e que representassem esse processo. Posteriormente foi escolhida uma \"amostra de referência\", um bairro considerado \"caminhável\", que servisse de parâmetro para a análise das demais amostras. Para completar o panorama estudado foi acrescentada uma ultima amostra, localizada numa área em que se agrupam grandes plantas de varejo, na qual é possível observar uma variação do mesmo fenômeno aplicada à empreendimentos comerciais. Estudos com abordagens semelhantes foram analisados no sentido de fornecer um rol de variáveis urbanísticas que atuassem sobre a caminhabilidade. A partir dessas variáveis foi elaborada uma metodologia de análise que, uma vez aplicada às cinco amostras, possibilitou um conhecimento mais detalhado do impacto da proliferação dos \"enclaves fortificados\", sobre a constituição de um espaço público de qualidade e em consequência de uma cidade que priorize o transporte a pé. |