Biologia da reprodução em tatus: análise morfológica do aparelho reprodutor feminino da espécie Euphractus sexcinctus e análise morfológica placentária comparativa entre as espécies Chaetophractus villosus, Chaetophractus vellerosus e Euphractus sexcinctus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rezende, Lorenna Cardoso
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-11102012-165946/
Resumo: A literatura sustenta que os Xenarthras com sua longa e isolada existência podem ser a luz para entender a evolução dos mamíferos placentários. O tatu Euphractus sexcinctus é endêmico da América do Sul e têm sido pouco estudado. A morfologia e a relação entre tecidos moles e duros do aparelho genital, pelve e períneo de nove animais adultos foi descrita utilizando-se as técnicas de mesoscopia, microscopia (eletrônica e luz) e tomografia computadorizada. O desenho anatômico da pelve e períneo do Euphractus sexcinctus apresentou características basais, conferindo um excelente modelo de estudo para desvendar o desenvolvimento dos tetrápodes. A região perineal conteve os trígonos (anal e urogenital) e a região pubiana exibiu a genitália externa com o clitóris pronunciado pela ausência dos lábios vulvares, sendo diferente dos mamíferos recentes, apresentando característica semelhante ao cliteropênis de crocodilos, isto possibilita questionamentos interessantes acerca da importância da manutenção desta genitália tão protusida. Os ossos da pelve no animal adulto apresentaram-se fundidos, constituindo o sinsacro. Com relação ao aparelho genital interno, o extenso comprimento da cérvix em relação ao corpo do útero chamou a atenção, provavelmente, porque o grande volume dos músculos coccígeos na pelve menor empurraram o útero para a pelve maior. Os ovários, a tuba uterina e a vagina assemelharam-se aos órgãos de mamíferos recentes, portanto não surgiram novidades evolutivas. A placenta nos animais estudados (Chaetophractus villosus, Chaetophractus vellerosus e Euphractus sexcinctus) foi classificada como hemocorial e altamente invasiva, diferindo entre as espécies na disposição do córion viloso em contato com o útero.