Anatomia macroscópica do sistema muscular-esquelético do membro torácico e plexo braquial do Tamanduá do Norte (Tamanduá mexicana)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cendales, María José Monroy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-28022024-105357/
Resumo: O Tamanduá mexicana é um mamífero que possui locomoção intermediária, sendo encontrado em reservas de vida selvagem devido a ameaças por atropelamentos, tráfico ilegal e destruição de seu habitat. Estas situações muitas vezes geram lesões ao nível dos seus membros torácicos principalmente no momento da sua captura, visto que estes membros são os que mais utilizam para a sua defesa. Pesquisas relacionadas a estudos anatômicos do membro torácico e plexo braquial da spécie que possam servir de base para intervenções médico-cirúrgicas além de estudos da anatomia evolutiva da espécie e do superordem Xenarthra o qual tem um alto interesse evolutivo por ser um dos clados mais antigos dos eutheria. Assim, o presente estudo objetivou caracterizar a anatomia macroscópica e funcional dos músculos do membro torácico e do plexo braquial do Tamandua mexicana. Foram utilizados seis animais que vieram a óbito por causas naturais. Posteriormente, foram fixados em formol a 10% para fazer dissecções, descrevendo a arquitetura muscular (origem e inserção dos músculos do membro torácico), a origem e distribuição do plexo braquial. Posteriormente, os músculos foram removidos, pesados e submersos em ácido nítrico a 30% por cinco dias e glicerina por 2 horas para o cálculo da área de seção transversal fisiológica (PCSA). O comprimento das fibras foi realizado pelo software ImageJ e, para análise estatística, foi realizada o Shapiro Wilk para teste de normalidade, ANOVA (p<0,05) e Tukey como teste post-hoc. Alem disso foi realizada uma correlação de Pearson entre o comprimento da fibra e o PCSA. O plexo braquial, originava-se em C5-T1 formado por três troncos e duas divisões, enquanto os músculos extrínsecos, apresentavam dois músculos peitorais profundos, o cranial e o caudal. O músculo romboide torácico fundia-se com o músculo serrátil torácico ventral, o músculo trapézio fundia-se com o músculo braquiocefálico e o músculo omotransverso foi encontrado de forma variável. Os músculos do braço apresentaram diferenças como a presença de uma cabeça longa acessória do m. tríceps braquial, e o m. braquial, composto por duas cabeças como variante. Para a PCSA, os músculos flexores dos dedos apresentaram uma diferença significativamente maior, seguidos pelos retratores, protratores e extensores do ombro. Por fim, a anatomia macroscópica dos músculos e do plexo braquial assim como anatomia funcional baseada no PCSA deT. mexicana apresentaram semelhanças com outras espécies de Xenarthras sendo evidente que possuem grande semelhança, indicando uma possível convergência evolutiva entre eles, porém, foram evidenciadas características anatômicas únicas da espécie, tal como a fusão dos músculos romboides torácicos com o músculo serrátil ventral e a presença do músculo braquiotrapézio.