Pesquisa de agentes infecciosos selecionados em tatus da região do Pantanal sul-mato-grossense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Dalazen, Gislaine Taimara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-06082018-103629/
Resumo: O Pantanal é considerado uma das maiores planícies inundáveis do mundo e possui uma rica biodiversidade. Das onze espécies de tatus registradas no Brasil, sete ocorrem no Pantanal. Os tatus dividem suas áreas de vida com diversas outras espécies silvestres e com o gado, pois a produção extensiva de bovinos de corte é a principal atividade econômica da região. Estudos anteriores demonstraram exposição à Brucella abortus e Leptospira interrogans em diversas espécies silvestres no Pantanal, porém sabe-se pouco quanto à exposição e/ou presença desses agentes em tatus neste bioma. Dessa forma, o presente estudo teve por objetivo determinar a prevalência de anticorpos anti-Brucella e anti-Leptospira interrogans através do teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e Soroaglutinação Microscópica (SAM) em amostras de soro de tatus de vida livre, provenientes do Pantanal da Nhecolândia e realizar a pesquisa direta do DNA dos agentes através do emprego da técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) em amostras de sangue. Foram testados 48 indivíduos de quatro espécies, sendo Dasypus novemcinctus (n=2), Cabassous unicinctus (n=8), Euphractus sexcinctus (n=16) e Priodontes maximus (n=22). Não foi observado produto amplificado pela PCR em nenhum animal testado, da mesma forma, nenhum tatu apresentou anticorpos anti-Brucella pelo AAT. Na sorologia para L. Interrogans foi encontrada prevalência de 31,25 % (5/16) em E. sexcinctus e 18,18% (4/22) em P. maximus. Esses indivíduos foram positivos para os sorovares Autumnalis/Butembo, Cynopteri/Cynopteri e Pomona/Pomona, com títulos variando de 1: 200 a 1: 1600. Os resultados obtidos reforçam a importância da vigilância de patógenos em populações de vida livre, especialmente quando existe contato com animais de produção, além de contribuir para o conhecimento de agentes infecciosos em tatus da região do Pantanal.