Interação genótipos por locais em arroz de sequeiro (Oryza sativa L.) no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1980
Autor(a) principal: Silveira, Expedito Paulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-174647/
Resumo: Com os dados de três series de ensaios realizados nos anos agrícolas de 1974/75, 1975/76 e 1976/77 foram estudadas a interação genótipos por locais e a sub-regionalização da parte da região de arroz de sequeiro do Estado de São Paulo, compreendida pelas regiões fisiográficas do Planalto Ocidental, da Depressão e pela maior parte do Planalto Atlântico, bem como a estabilidade da produção de grãos das cultivares IAC 25, IAC 47, IAC 1246, IAC 5032, IAC 1131, IAC 5544, Pratão Precoce e Batatais. Utilizaram-se análises simples e conjuntas da variância na identificação da interação cultivares x locais e na avaliação da participação relativa de sua componente na variação total; erro associado à estimativa da componente da variância desse tipo de interação dos locais tomados (2 a 2), (3 a 3), ... , (La L) e intervalos de confiança na sub-regionalização; coeficiente médio de com relação da produção das cultivares entre e dentro das sub-regiões para caracterizá-las e a análise da variância proposta por EBER HART e RUSSEL (1966) no estudo da estabilidade fenotípica. A diferença ecol6gica dos ambientes estudados, o ciclo das cultivares e a época de semeadura dos experimentos proporcionaram condições para que houvesse elevada variação e comportamento diferencial sistemático das cultiva res nas três séries de ensaios, sendo mais expressiva a variância devida a locais, quando comparada com as demais causas da variação e com a variação total dos ensaios. A consideração da sub-região homogênea compreendida pelas localidades de Tatuí, Tietê, Campinas e Capão Bonito possibilitou reduzir em cinco vezes, aproximadamente, a magnitude da interação cultivares x locais da região estudada. O coeficiente médio de correlação da produção de grãos das cultivares nessa sub-região (r̄ = 0,1), de grandeza reduzida, mas superior aos da sub-região heterogênea (r̄ = -0,01), compreendida pelas localidades de Mococa, Guaíra, Jaú, Pindorama e Ribeirão Preto, e da região tornada como um Todo (r̄ = 0,08), confirmou a regionalização proposta. Com exceção da cultivar Batatais na condição homogênea, as demais apresentaram coeficientes da regressão linear semelhantes entre si e ã unidade, constituindo-se em indicadores da boa adaptação delas às condições de sequeiro do Estado de São Paulo, assim corno da manifestação do potencial de produtividade, uma vez que se introduzam melhorias no ambiente. Infere-se, com base nisso, que a pesquisa varietal, embora não tenha considerado as diferenças ecológicas regionais, foi capaz de desenvolver e identificar genótipos com aquelas características. A produção de grãos das cultivares IAC 25, IAC 47, Pratão Precoce e Batatais foi mais estável em qualquer das condições estudadas, destacando-se a produtividade da IAC 25 e a capacidade de adaptação a ambientes fracos da Batatais na condição homogênea, assim como a adaptação inconsistente de todas elas nas condições heterogêneas. Em qualquer das condições ecológicas analisadas, destacaram-se as elevadas produtividades das cultivares de ciclo curto, embora apresentassem desvios da linearidade e, consequentemente, menor adaptação a ambientes homogêneos e heterogêneos. Sugere-se, com base nos resultados da estabilidade fenotípica da produção de grãos, que as linhagens de arroz de sequeiro sejam selecionadas com ampla base genética na região heterogênea caracterizada.