A língua (vi)vida: palavra e silêncio em El zorro de arriba y El zorro de abajo de José María Arguedas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Andrade, Ligia Karina Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-27042010-124607/
Resumo: Esta tese visa analisar a representação do silêncio como fenômeno discursivo na obra El zorro de arriba y El zorro de abajo de José María Arguedas. Esta abordagem passa pela relação do silêncio como elemento constitutivo de todo discurso. A partir de uma perspectiva centrada em Foucault, Orlandi e na teoria enunciativa de Authier-Revuz, analisar-se-ão as formas de representação do silêncio tanto no discurso autobiográfico (diarios) quanto na narrativa romanesca (hervores). A partir da análise da construção de uma imagem do sujeito (Arguedas), observar-se-á, sob a aparência de unidade e coesão do fio enunciativo, a constituição clivada e dividida de sua identidade, atravessada pelo Outro de si mesmo. Verificar-se-á que a concepção de palavra ligada à matéria das coisas e à vida, segundo o autor, entra em contradição com o processo de erosão dos discursos. A busca pela lìngua literária, sob o signo utópico e mítico, sofre um processo de demolição na obra, que resulta na palavra que traduz o sofrimento da nomeação por meio da falta, do balbucio e dos silêncios.