Avaliação dos efeitos do chumbo no proteoma plasmático de trabalhadores expostos ao metal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Andréia Ávila Soares de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-30062017-152755/
Resumo: O chumbo (Pb) é um metal tóxico e promove diversos efeitos adversos no organismo que incluem distúrbios neurológicos, hematopoiéticos, esqueléticos, renais e cardiovasculares. A análise proteômica têm se tornado cada vez mais uma ferramenta importante na elucidação de mecanismos de toxicidade, bem como na identificação de potenciais biomarcadores. Nesse sentido, o objetivo deste estudo foi comparar diferenças de abundância de proteínas plasmáticas em amostras de sangue coletadas de trabalhadores de uma fábrica de baterias automotivas, e de um grupo sem histórico de exposição ocupacional ao Pb. Pb no sangue total (Pb-S) foi determinado por espectrometria de massas com plasma acoplado indutivamente (ICP-MS). Para a análise proteômica, o plasma foi separado do sangue total, seguido de depleção de albumina e imunoglobulina G (IgG) através de cromatografia de imunoafinidade. Em seguida, foi realizada digestão das proteínas com tripsina e os peptídeos foram analisados no sistema nanoACQUITY UPLC acoplado ao espectrômetro de massas em tandem SYNAPT® G2-Si HDMS. A identificação das proteínas foi realizada através do banco de dados SwissProt e as proteínas identificadas com pelo menos 3 peptídeos foram classificadas de acordo com o banco de dados do Gene Ontology (GO) e ranqueadas através de algoritmos de classificação utilizando a mineração de dados. A quantificação das proteínas foi realizada por label-free e foram consideradas proteínas com diferença de abundância aquelas com fold-change >=1,5 e p>0,05 através do teste t de Student. A média de Pb-S para os grupos expostos ocupacionalmente e sem histórico de exposição ocupacional foi de 43,7?g/dL e 0,386 ?g/dL, respectivamente. No total, 82 proteínas foram identificadas no plasma e apenas 4 proteínas apresentaram fold change >= 1,5, sendo elas: Apolipoproteína B-100 (APOB) e ?-II-antiplasmina (A2AP2), além de plasminogênio (PLMN) e gelsolina (GELS) cuja diferença de abundância entre os grupos foi significativa (p=0,036 e <0,01, respectivamente). As proteínas com diferença de abundância também foram classificadas entre as mais importantes para a diferenciação dos grupos através da mineração de dados. Assim, o presente estudo foi capaz de demonstrar diferenças de abundância em proteínas plasmáticas entre indivíduos com elevadas concentrações de Pb-S e com baixas concentrações de Pb-S, evidenciando possíveis novos mecanismos de toxicidade do metal.