Avaliação dos indicadores biológicos de exposição aos metais em trabalhadores de fundições

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Santos, Claudia Regina dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-13012012-104922/
Resumo: A produção de metais sanitários é um setor em constante fase de crescimento no país. O processo industrial envolve etapas como a evaporação, condensação e oxidação dos metais no ar que levam a formação de fumos metálicos em vários tipos de indústria, inclusive em fundições. A exposição do trabalhador ao ambiente contaminado pode levar ao aparecimento de alterações bioquímicas e, em algumas circunstâncias, de doenças profissionais. No setor de metais sanitários, são utilizadas ligas metálicas de latão, onde predomina o zinco e o cobre, sendo o chumbo, cádmio, manganês e níquel, metais que aparecem sob a forma de impurezas. Desses metais, apenas o chumbo sanguíneo (Pb-S) e o cádmio urinário (Cd-U) são regulamentados no Brasil, de acordo com a NR-7 do Ministério do Trabalho, como indicadores biológicos de exposição. No presente estudo, foram otimizados e validados métodos para a determinação de Pb-S, Cd-U, Mn-U e Ni-U por espectrometria de absorção atômica acoplado a forno de grafite. Posteriormente foram avaliados 273 indivíduos do sexo masculino (178 do grupo exposto e 95 do grupo controle) que trabalhavam em 8 fundições de metais sanitários de Loanda-PR. Os níveis de Pb-S apresentaram-se elevados, considerando o limite internacional. Os metais avaliados na urina Cd-U, Mn-U e Ni-U apresentaram concentrações relativamente baixas, sendo considerado o chumbo como o principal problema, relacionado aos fumos metálicos. Foram propostas medidas corretivas nos ambientes de trabalho e os níveis dos quatro metais em questão foram reavaliados em dois períodos diferentes (antes e após as modificações), apresentando no segundo momento reduções estatisticamente significativas. As médias observadas nos dois períodos foram de 42,74&#181;g/dL e 26,54&#181;g/dL para o Pb-S; 0,269 e 0,015&#181;g/g de creatinina para o Cd-U; 1,94 e 0,39&#181;g/g de creatinina para o Mn-U e 1,82 e 0,68&#181;g/g de creatinina para o Ni-U, com níveis de significância (p) < 0,05, evidenciando assim a importância da adequação do ambiente de trabalho na garantia de exposições seguras para o trabalhador.