Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Vanessa Cristina de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-06102016-141337/
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Resumo: |
O mercúrio (Hg) é um metal não essencial, encontrado em diferentes formas químicas, com propriedades bastante diferentes. Entretanto, todas são tóxicas e capazes de alterar inúmeras vias metabólicas. Dentre os efeitos tóxicos da exposição ao Hg, tem grande relevância a toxicidade sobre os tecidos renal, cerebral e hepático. Os principais efeitos nefrotóxicos decorrentes da exposição ao Hg têm sido atribuídos ao estresse oxidativo e produção de espécies reativas do oxigênio (ROS), além de causar danos no metabolismo mitocondrial, alterando a funcionalidade da membrana celular e a polaridade tubular renal. As formas orgânicas do Hg apresentam efeitos tóxicos sobre o sistema nervoso central (SNC), com a capacidade de induzir sérios danos ao desenvolvimento neurológico, tais como deficiências na fala, hiperatividade, dificuldade de concentração e até mesmo desordens semelhantes ao autismo. No tecido hepático, os principais efeitos tóxicos ocorrem por alterações no ciclo entero-hepático, processo-chave na excreção do mercúrio. A exposição aos metais, de uma maneira geral, ativa um mecanismo que modifica a produção alterada de proteínas na tentativa de manter a homeostase e de proteger ou reparar macromoléculas que são alvos diretos ou indiretos de xenobióticos. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar, por meio de mapas bidimensionais, o perfil de expressão de proteínas em amostras fígado, cérebro e rim de ratos expostos a diferentes espécies de mercúrio (inorgânico, metilmercúrio e etilmercúrio) comparados aos seus respectivos controles, utilizando a plataforma clássica de análise proteômica (2DE e MS). Observou-se que a exposição às diferentes formas de Hg modificou a expressão de 139 proteínas, sendo 22 em células cerebrais, 19 em células do tecido renal, e 27 em células do tecido hepático. Dentre as proteínas diferencialmente expressas, destacaram-se àquelas relacionadas diretamente ao estresse oxidativo, nos tecidos hepático e renal e relacionadas à homeostase do Ca+2 e à regulação de glutamato na fenda sináptica, no tecido cerebral. Este estudo demonstrou que todas as formas de Hg, promoveram mudanças no perfil protéico em todos os tecidos e, muitas proteínas alteradas, corroboram com os mecanismos de ação do Hg, já previstos na literatura |