Desenvolvimento e avaliação de uma estratégia de comunicação sobre planejamento reprodutivo na atenção pós-natal do PRENACEL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sanchez, Jazmin Andrea Cifuentes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-07062017-161558/
Resumo: Introdução: A mortalidade materna é aquela resultante de complicações diretas e indiretas da gravidez, parto ou puerpério, e um indicador de saúde da mulher bem como do desempenho dos sistemas de atenção à saúde. O Planejamento Familiar é considerado fundamental na diminuição das taxas de mortalidade materna. A implantação de estratégias efetivas de planejamento familiar no pós-parto (PFPP) poderia contribuir na diminuição das taxas de morbidade e mortalidade materna e infantil, bem como do número de gestações não planejadas e abortos inseguros. O uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) em uma intervenção educativa em saúde de PFPP poderia ser considerado uma ferramenta complementar útil na atenção pós-natal. Objetivo: Determinar se o envio de mensagens de texto via Short Message Service (SMS) sobre PFPP, é um complemento útil para o acompanhamento pós-natal, incentivando o uso de anticoncepcional no pós-parto e o retorno à consulta de puerpério. Métodos: Ensaio clínico aleatorizado controlado por grupo . Realizado entre fevereiro de 2015 e junho de 2016 em Ribeirão Preto. Com 420 mulheres, 326 mulheres do grupo de controle e 94 mulheres do grupo com intervenção, cada grupo estava composto por 10 Unidades Básicas e Distritais de Saúde. Mulheres do grupo com intervenção, com idade igual ou superior a 18 anos e com idade gestacional inferior a 20 semanas, foram convidadas a cadastrar-se no programa, após o aceite de participação, foi enviado o primeiro grupo de mensagens com informações referentes ao parto e gravidez, este envio terminava após o parto. Dentro das primeiras 48 horas pós-parto a mulher era entrevistada na maternidade, sendo coletados dados sociodemográficos, e do histórico sexual e reprodutivo, quatro dias após o parto as mulheres do grupo com intervenção que aceitaram receber as mensagens após o parto, receberam o segundo grupo de mensagens durante oito semanas com informações sobre contracepção no pós-parto. No terceiro mês após o parto foram entrevistadas as 420 no domicílio, o uso de anticoncepcional no pós-parto e assistência à consulta puerperal foram avaliados como desfechos principais. Todas as mulheres assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: A taxa total de uso de anticoncepcional foi de 92% no terceiro mês após o parto, 89% foram anticoncepcionais hormonais. Em relação á consulta puerperal, 76% das mulheres compareceram à consulta. 7 Conclusões: Não houve diferencia estatisticamente significante entre os grupos, talvez o impacto deste tipo de intervenção educativa pode ser diferente em outros contextos e regiões brasileiras onde a informação em saúde é mais defasada e as mulheres têm mais dificuldades no acesso ao serviço de saúde. Este foi o primeiro estudo da literatura que avaliou o impacto de mensagens educativas via SMS sobre uso de contraceptivos após três meses do parto. Além de promover informação através de SMS, numa linguagem de fácil entendimento para as mulheres sobre saúde reprodutiva, a proposta deste estudo possibilitou a participação ativa dessas mulheres, por possuir um sistema de mensagem de texto bidirecional.