Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Zaratini, Fabiani Spessoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-19082020-231219/
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Resumo: |
Objetivos: Avaliar se o recebimento de Short Message Service (SMS) sobre saúde sexual e reprodutiva (SSR) altera o uso de métodos anticoncepcionais (MAC) e de contraceptivos reversíveis de longa ação (LARCs) em 24-30 semanas do parto. Além disso, este estudo pretende avaliar se a escolha contraceptiva feita logo após o parto foi contemplada até 24-30 semanas do parto e a satisfação tardia em relação às mensagens recebidas no puerpério. Métodos: Trata-se de um estudo piloto aninhado a um ensaio clínico controlado e aleatorizado por conglomerados formados por unidades básicas de saúde, nas quais as puérperas receberam atenção puerperal de rotina. O grupo SMS consistiu de puérperas que receberam SMS sobre SSR nas primeiras oito semanas após o parto, além do cuidado puerperal de rotina. O grupo controle recebeu apenas o cuidado puerperal de rotina. Os dados foram colhidos em entrevista domiciliar face-face realizada 24-30 semanas após o parto.\' O desfecho primário foi a frequência de uso de MAC e LARCs. Os desfechos secundários foram a concordância entre o contraceptivo em uso e o desejado após o parto e a satisfação em 24 a 30 semanas do parto avaliada por questionário específico em relação às mensagens recebidas. Resultados: Foram avaliadas 413 mulheres, sendo 88 do grupo SMS (9,1% de perda amostral) e 325 do controle (11,7% de perda amostral). Os grupos não apresentaram diferença nas características sociodemográficas, com exceção da situação conjugal e classe socioeconômica. Havia maior frequência de mulheres com parceiros no grupo SMS que no controle (SMS: 94,3% vs. Controle: 85,8%, p = 0,03) e de mulheres da classe A/B no grupo controle que no SMS (SMS: 17,5% vs. Controle: 30,4%, p = 0,02). Não houve diferença entre os grupos em relação ao uso de MAC em 24-30 semanas após o parto (SMS: 94,3% vs Controle: 93,9%, p = 0,87). Apesar de não ter apresentado diferença significativa, o grupo SMS apresentou uma frequência de uso de LARC 61,5% maior que o grupo controle (SMS: 8,4% vs Controle: 5,2%, p = 0,16). O coeficiente de concordância do MAC desejado na maternidade e o usado em 24-30 semanas após o parto foi de 40% para o grupo SMS e de 30% para o grupo controle. Em ambos os grupos, as mulheres que desejavam injetáveis foram as que mais obtiveram o MAC desejado após o parto. Já as que desejavam LARC e laqueadura foram as que menos obtiveram o MAC desejado. Em ambos os grupos, os injetáveis receberam mais mulheres migrantes de outros métodos A maioria das mulheres do grupo SMS (96.6%) consideraram muito boa ou boa a qualidade dos SMS. Conclusão: O recebimento de SMS sobre SSR no puerpério não aumentou a frequência do uso de MAC e LARCs entre 24-30 semanas após o parto. Houve alta satisfação em relação aos SMS. A escolha contraceptiva após o parto não foi contemplada em ambos os grupos, sendo que as mulheres que desejavam LARCs e laqueadura foram as que menos conseguiram os métodos. Estudos envolvendo a obtenção de LARCs são necessários. |