Educação comparada e antropologia: \"educational borrowing\" em escolas internacionais no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Camizão, Eliezer Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-27082010-101148/
Resumo: Em escolas internacionais de São Paulo, currículos e metodologias de ensino internacionais e transnacionais são utilizadas. Em Matemática, estas escolas ensinam, por exemplo, um algoritmo para divisão que não é normalmente utilizados no sistema educacional brasileiro. Como a maioria dos alunos destas escolas são brasileiros, isto é caracterizado como educational borrowing. No entanto, ao estudar alguns destes elementos não tradicionais na cultura escolar brasileira, percebemos que suas origens não são facilmente identificáveis. Com a intensificação da globalização nas últimas décadas, influências estrangeiras têm se tornado mais complexas. No caso de alguns métodos, em face das dificuldades em estabelecer o país emprestador, se faz necessário complementar as teorias da Educação Comparada para que pesquisadores possam utilizar tais subsídios teóricos e entender o fenômeno com coerência. Complementos que são obtidos à luz da Antropologia, especificamente através da teoria de antropólogos como Michel de Certeau, que nos ajuda a melhor compreender a maneira com que os alunos individualizam estes produtos da educação internacional. A seguir, de volta ao domínio da Educação Comparada, os modelos típicos ideais de Brian Holmes podem auxiliar na decisão sobre o que pode ser copiado de um sistema educacional e as prováveis consequências destas ações. Ao fim da pesquisa, conclui-se que de fato os consumidores da educação internacional aqui mencionada nem sempre tomam posse deste produto conforme o anunciado pelos seus produtores.