Influência de polimorfismos genéticos em genes do processo de remodelação óssea na lesão periapical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Petean, Igor Bassi Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58133/tde-19092018-131903/
Resumo: Fatores microbianos, mecânicos e intrínsecos ao hospedeiro são os responsáveis pelo insucesso endodôntico e necessidade de reintervenção. Polimorfismos genéticos são diferenças na sequência do DNA humano que influenciam na susceptibilidade do organismo frente a doenças e nas suas respostas ao meio ambiente. O objetivo do presente estudo foi investigar o envolvimento de aspectos moleculares e clínicos na resposta do hospedeiro frente ao tratamento endodôntico, por meio da análise da expressão e frequência de polimorfismos dos genes reguladores do processo de remodelação óssea em pacientes submetidos ao tratamento endodôntico. Pacientes que apresentaram necrose pulpar e lesão periapical instalada no momento do tratamento endodôntico foram chamados para consulta de acompanhamento. Foram incluídos no presente estudo 150 pacientes, que apresentaram tratamento concluído há no mínimo um ano antes da consulta de acompanhamento. Desse total, 64 pacientes apresentaram sinais e sintomas clínicos/radiográficos indicativos de lesões periapicais persistentes, e 86 indivíduos apresentaram reparação da lesão. No momento do acompanhamento, foram coletas amostras de saliva dos pacientes como fonte de DNA genômico, o qual foi extraído a partir do pellet de células sedimentado e genotipado para RANK (rs3826620), RANKL (rs9594738) e OPG (rs2073618) por PCR em tempo real. A frequência dos genótipos e alelos foi avaliada por meio da razão de chance (odds ratio), teste do qui-quadrado ou teste exato de Fisher, utilizando os softwares Epi Info 3.5.2 e Graphpad Prism. O tempo de acompanhamento após o tratamento foi utilizado como covariável na análise de regressão logística múltipla para cada um dos polimorfismos. O nível de significância estabelecido foi de 5%. Foi observada associação na distribuição dos alelos do polimorfismo em RANK entre os grupos (p=0,04). No polimorfismo em RANKL, a distribuição dos genótipos apresentou diferença estatisticamente significante entre os grupos (p=0,05). O tempo de acompanhamento esteve associado aos casos de lesões periapicais persistentes para cada um dos polimorfismos analisados (p<0,05), sendo que na análise ajustada pelo tempo como covariável, os polimorfismos rs3826620 em RANK (p=0.02) e rs9594738 em RANKL (p=0.03) continuaram associados a lesões periapicais persistentes. O polimorfismo rs2073618 em OPG não foi associado a distribuição dos grupos em nenhuma das análises (p>0,05). Conclui-se que polimorfismos em RANK e RANKL estão associados ao risco do desenvolvimento de lesões periapicais persistentes