A construção de vivências como uma metodologia de ensino de ciências

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fiorin, Fernando Gianetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-18122019-132343/
Resumo: O ensino de Ciências no Brasil tem sido pautado, desde o surgimento da escola moderna, por meio de metodologias tradicionais de ensino que, por sua vez, não contribuem para a formação de indivíduos com senso crítico em relação ao saber científico e a sua relevância social e cultural. Tais sistemas apegam-se a métodos de ensinar preocupados apenas com a construção de um conhecimento sistematizado e conteudista, muitas vezes pouco contextualizado, permanecendo em um nível teórico que minimamente reflete a realidade na qual os alunos estão inseridos. A metodologia de construção de vivências é elaborada dentro de um referencial preocupado com o desenvolvimento do pensamento crítico e próximo desta realidade, o que exige do discente um conhecimento profundo dos itens tecnológicos e científicos que a cada dia fazem mais parte do cotidiano. Este sistema educacional engloba critérios pautados por elementos lúdicos como a narrativa e a interpretação de papéis e para seu desenvolvimento foram utilizados alguns processos narrativos, como o Jogo de Papéis e o RPG (Role Playing Game), aplicados em três escolas diferentes de duas cidades do norte do Paraná. Por meio das oito aulas realizadas em formato de partidas de jogos, os alunos do 9º ano do ensino fundamental aprenderam conteúdos científicos e foram incentivados a pensar sobre eles e sobre sua relevância extraescolar, assim como também formularam pensamentos reflexivos a respeito da importância daqueles que desenvolvem esses trabalhos científicos. Essa pesquisa se deu por diferentes documentos produzidos durante as partidas em cada uma das três escolas participantes, tratados por meio de um estudo de casos múltiplos. Ao final das regências, ficou estabelecido que a metodologia de construção de vivências auxiliou no desenvolvimento do pensamento crítico dos alunos e suscitou neles um maior interesse em aprender conteúdos científicos.