Padrões de localização celular de proteínas da linhagem germinativa em tunicados solitários e coloniais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Soares, David dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-06112019-110055/
Resumo: Tunicata é um grupo de cordados invertebrados marinhos com espécies solitárias e coloniais. Filogenias recentes sugerem que as espécies coloniais que se reproduzem sexuada e assexuadamente do clado Botryllus + Symplegma evoluíram de um ancestral solitário que se reproduzia apenas sexualmente. As Células-Tronco Germinativas (GSCs) estão localizadas nas gônadas mas também no sistema circulatório das ascídias botrillídeas coloniais existentes. Vasa, Piwi, PL10 e YB1 são marcadores que foram previamente utilizados na identificação de GSCs de ascídias. O objetivo deste trabalho é comparar a ocorrência de GSCs na ascídia solitária Styela canopus e na ascídia colonial Symplegma rubra, que representam dois táxons relativamente próximos aos botrillídeos na filogenia. Utilizando anticorpos que se ligam especificamente a proteínas da linhagem germinativa gerados para outras espécies de ascídias, validamos sua especificidade para as espécies de interesse (Styela canopos e Symplegma rubra) por western blot e realizamos imunohistoquímica em cortes histológicos dessas espécies. De acordo com as expectativas, observamos expressão de Vasa e Piwi em oócitos e expressão de PL10 e YB1 em ambos oócitos e testículos. Nós documentamos células Vasa e Piwi positivas no sistema circulatório da ascídia colonial S. rubra, como mostrado anteriormente para botrillídeos. Entretanto, também observamos poucas células positivas para Vasa e Piwi no sistema circulatório da solitária S. canopus em pelo menos um tipo de célula sangüínea, e em outras células somáticas do intestino, manto e do saco branquial. A presença destas proteínas de linhagem germinativa em outros tipos celulares fora das gônadas de ascídias solitárias, permite supor que: (1) as células positivas podem representar tipos celulares indiferenciados (relacionados a GSCs) envolvidos em outros processos do desenvolvimento (por exemplo, regeneração) ou (2) essas proteínas que se expressam em GSCs adquiriram funções em células somáticas de S. canopus que permanecem desconhecidas. De encontro com relatos da literatura para a ascídia modelo Ciona no presente trabalho observou-se também a presença de YB1 nos oócitos de ambas solitária e colonial, entretanto YB1 estava presente nas células germinativas do testículo apenas da solitária S. canopus. Embora não seja possível determinar quais funções a proteína estaria exercendo nas células germinativas do testículo, é possível especular que a mesma proteína exerça funções diferentes em tipos celulares diferentes, devido aos padrões de localização celular e subcelular e também à diversidade de funções que a proteína pode exercer