Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Quevedo, Francisco Carlos [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/151631
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Resumo: |
As neoplasias testiculares constituem aproximadamente 1% dos cânceres masculinos. Dentre eles, os tumores que têm origem nas células germinativas (TTCG) são os mais frequentes. Por sua natureza, esses tumores têm padrão morfológico variado, sendo distribuídos em dois subgrupos: os seminomas e os não-seminomas. Esses últimos, por sua vez, são classificados em carcinomas embrionários, tumores do seio endodérmico, coriocarcinomas, teratomas e tumores mistos de células germinativas. Há consenso na literatura de que a invasão vascular verificada histologicamente no tumor primário é o melhor indicador preditivo de progressão da doença e recidiva. Estudos recentes demonstram o papel dos fatores de crescimento e seus receptores para avaliação prognóstica dos TTCG, no que o uso da imuno-histoquímica é fundamental. O presente estudo procurou avaliar pela técnica imuno-histoquímica à ocorrência da expressão do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR), do Her2 e do c-Kit em uma série de TTCG não-seminomas primários de testículo. Além disso, explorou a possível relação entre a expressão desses marcadores com a evolução dos pacientes após terapêutica convencional. A série foi constituída de amostras parafinadas existentes no Laboratório de Anatomia Patológica e Citologia do Hospital Amaral Carvalho de Jaú, totalizando 103 pacientes que receberam o diagnóstico de tumor testicular de células germinativas não-seminomas (TTCGNS) no período 1996-2010. Dentre os 103 casos, predominaram os TTCGMNS (57,3%). Nestes, observou-se o predomínio de marcação para EGFR e c-Kit. O EGFR foi expresso quando o componente coriocarcinoma era predominante e o c-Kit no componente epitelial do teratoma. A hipótese do estudo, que os casos positivos para os marcadores analisados estariam correlacionados com sobrevida menor, não foi confirmada pela analise estatística de Kaplan-Meier; seria necessário um maior número de casos para se chegar a uma conclusão quanto à sobrevida. Superexpressão, amplificação gênica e mutações ativadoras são frequentes em tumores testiculares germinativos; deste modo, o uso da técnica de Hibridização Fluorescente in situ (FISH) foi utilizada para avaliação dos eventos gênicos relativos a imunoexpressão proteica, observada pelos resultados encontrados no estudo imuno-histoquímico. Somente um caso, classificado como TTCGM, apresentava amplificação para gene EGFR. Este caso apresentou bom prognóstico. Considerou-se que, a ausência de amplificação observada na maioria dos casos, deve-se a qualidade inadequada do material parafinado e estocado. Conclui-se que, na série estudada, os TTCGNS expressam os marcadores EGFR, Her2 e c-Kit, a depender do subtipo histológico; entretanto, estas proteínas não tiveram impacto prognostico. A amplificação gênica para o EGFR pode ocorrer de forma isolada, porem devido a condições técnicas restritivas, não foi possível observa-la nos demais casos positivos para EGFR pela técnica de imuno-histoquímico. |