Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Marina Tucunduva Bittencourt Porto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19042012-135209/
|
Resumo: |
Nesse trabalho trago a relação entre uma instituição, o Asilo de Órfãos de Santos, criado em 1889 quando as epidemias matavam muitos habitantes deixando crianças órfãs, e a cidade. A representação que se tinha então era de que a função do asilo era proteger essas meninas e meninos e tirá-los das ruas. A cidade se organizava em função do porto, escolhido para escoamento do café da Província de São Paulo, e era preciso disciplinar seus espaços. A construção de um cais acostável em substituição aos trapiches e a intervenção sanitária através da canalização de rios e da construção de canais transformaram Santos em seu aspecto sanitário, urbano e econômico. O capitalismo mudou as relações de trabalho e, ao mesmo tempo em que algumas pessoas ganharam muito dinheiro, outras conheceram a miséria. Dentro desse quadro, esta tese, que se insere na área de História e Historiografia da Educação, buscou conhecer alguns aspectos da cultura escolar do Asilo de Órfãos, entre 1908 e 1931. Verificou-se que o projeto de educação implantado em 1908 veio imbuído de nova representação sobre a função do asilo. Este deveria continuar, sim, a recolher crianças, mas agora não era suficiente protegê-las, mas sim prepará-las para ocupar de forma civilizada a nova cidade. As mudanças começaram com a entrada de Victor de Lamare na direção da Associação Protetora da Infância Desvalida, responsável pela manutenção do asilo. Esse engenheiro fazia parte de uma rede de sociabilidade que atuava em outras instituições de ensino da cidade. Foram introduzidos no asilo dispositivos disciplinares para a formação do cidadão civilizado, além do ensino seriado, a formação cívica, a educação doméstica para as internas e a educação física. A principal fonte primária foram as atas dessa associação, encontradas na Casa de Criança de Santos, nome como é conhecido hoje o asilo. Verificou-se que a modernização da cidade implicou em uma nova forma de educação. |